Endrick admite chateação com críticas e recuperação no Palmeiras e Seleção Brasileira: ‘Me deixou mal’

Convocado pela primeira vez, camisa 9 do Verdão concedeu entrevista coletiva para a imprensa neste domingo (19), na Granja Comary, em Teresopolis-RJ

Aos 17 anos, Endrick, grande joia do Palmeiras, estreou pela Seleção Brasileira na última quarta-feira, na derrota para a Colômbia, por 2 a 1, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Em coletiva de imprensa neste domingo, na Granja Comary, em Teresopolis-RS o jogador revelou que sentiu o peso das críticas e das cobranças mo início do ano.

– Para mim, foi um começo de ano muito difícil, tinha 16 era um garoto que gostava de ver as coisas, ver as pessoas falando de mim. Só via as pessoas me criticando, eu só queria rebatê-las, provar o meu valor. Isso me deixou mal – declarou em entrevista coletiva, neste domingo.

– Mas depois que eu fiz de 17 anos eu mudei a minha cabeça. Simplesmente estou feliz, estou feliz com a minha cabeça, não ligo para críticas, não ligo para nada. O que mais importa é a minha felicidade e a da minha família, e a das verdadeiras pessoas que estão ligando pra mim – completou.

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Apesar de reserva, o jovem é o grande destaque desta Data Fifa e vem recebendo atenção de Fernando Diniz durante os treinamentos na Granja, além de holofotes da imprensa. Nada que a promessa não esteja acostumada no Palmeiras. Para ele, o momento é de desfrutar e viver o período com a camisa Amarelinha.

– Fico muito feliz. Só desfrutar desse momento, momento muito importante na minha vida, para a minha família. Tenho que desfrutar o momento, viver o dia a dia. É um sonho que eu tenho desde criança. Espero poder contribuir, ajudar a nossa Seleção, ainda mais diante da nossa torcida. O apoio deles vai ser fundamental para a busca da nossa vitória.

Fernando Diniz também desempenha papel fundamental em meios aos holofotes. O treinador foi flagrado diversas vezes em conversas de canto com o camisa 9 do Palmeiras. Contra a Colômbia, o colocou para jogo aos 37 minutos da segunda etapa.

– O Diniz é um excelente treinador, tenho essa felicidade de treinar com ele. Ele falou para eu ir para frente, atacar, se perder a bola não tinha problema. Depois que ele falou aquilo, fiquei mais leve, mais tranquilo. Espero que ele possa dar muito orgulho para a nossa Seleção.

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Fernando Diniz fala sobre Endrick durante coletiva de imprensa na Granja Comary; assista

Endrick ainda aproveitou para falar da relação com Abel Ferreira. O treinador foi criticado por parte da torcida por demorar a colocar o jovem como titular no clube. Após iniciar a temporada no comando do ataque, virou reserva e reassumiu o posto somente após a eliminação para o Boca Juniors, na semifinal da Libertadores.

– O Abel é uma pessoa fenomenal. Quando você entra em campo, você se transforma. Quando ele chama você para conversar, ele é um cara excepcional. Ele me ajudou bastante. Grande parte dessa convocação eu devo a ele, agradeço a muito. O Diniz também é um treinador excelente, que é de grupo, divertido. Esse jogo contra a Argentina vai carimbar um grande trabalho nessa data Fifa. Espero que faça um grande trabalho no Fluminense. Agradeço a Deus por colocar dois treinadores geniais na minha carreira.

Dentro do Palmeiras, além de Abel, o zagueiro Murilo foi citado. Endrick revelou a ajuda que teve do companheiro para saber lidar com a pressão no início da trajetória como profissional. Ele conta que mudou a postura de ‘jogar com raiva’ e passou a ser feliz e ‘querer ver a alegria no rosto das pessoas que estão ao redor’.

– Eu tinha 16 anos, pensava em tudo que saia na mídia, pensava nisso, ouvia as pessoas falando, jogava com raiva, para mostrar que eu era outra pessoa, – que não era aquilo. Isso me destruiu um pouco.

– Um cara que me ajudou muito foi o Murilo, me ajudou muito na trajetória no Palmeiras. Ao completar 17 anos, falei que só queria ser feliz. Só queria ver alegria no rosto da minha família e de todas as pessoas que estão do meu lado.

Com Endrick à disposição de Fernando Diniz novamente, a Seleção Brasileira volta aos gramados na próxima terça-feira (21). O Brasil enfrenta a Argentina, no Maracanã, às 21h30 (de Brasília). Para o jovem, a felicidade é independe de começar como titular ou não. O camisa 21 deverá ser novamente escalado como suplente e, quem sabe, ganhar minutos no segundo tempo do clássico.

– Como eu sempre falo, como sempre falei, vou desfrutar do meu momento, ser feliz. Para mim não importa estar jogando, número de camisa, não importa. O que importa é se o time estiver ganhando. Vou fazer o que vou preciso para ajudar o time a conquistar a vitória. Ficar no banco. Não é o que eu quero, é sobre o que o time precisa.

Após a partida, o jovem retorna ao Palmeiras para o jogo contra o Fortaleza. A partida da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro acontece no dia 26 de novembro, às 18h30 (de Brasília), no Castelão. O Verdão lidera a competição e busca o bicampeonato consecutivo.