Especial BR-72 – Edu de volta: Palmeiras 4 x 1 Bahia

https://youtu.be/RxB1cz7IurY

Goleada e ótima atuação no Palestra. Em sua coluna em O GLOBO, João Saldanha disse que o "Palmeiras está jogando uma bola linda e vai ganhando como quem chupa laranjas, sem fazer força".

Méritos do elenco. E também do seu treinador. Brandão deu a letra e o tom na véspera para o Palmeiras já classificado para a próxima fase do BR-72: "quero meu time jogando sério e muito bem contra os baianos para ninguém dizer que facilitamos a vida deles só para tirar o São Paulo da próxima fase".

Ainda assim o treinador pretendia mexer mais na equipe. As longas viagens pelo país no segundo Brasileirão ampliado já desgastavam o elenco. "Só não mudo mais atletas porque a fonte de renda deles também depende dos bichos que recebem por jogo. Esses prêmios eles não querem abrir mão. Então acabo jogando muitas vezes com força máxima para não os prejudicar", explicou o velho mestre.

Sem Eurico (o mais desgastado), Alfredo (suspenso) e Ronaldo (liberado pela morte da mãe), Brandão voltou com João Carlos na lateral, Polaco na zaga e Edu mantido na ponta. Tinha jogado bem contra o São Paulo. Mandado duas bolas na trave. Só lamentava a falta de sorte: "duas na trave no Choque-Rei, mais duas na trave contra o Corinthians… Acho que posso dizer que estou com azar".

O Palmeiras, porém, tinha a felicidade de o ter de volta. Ele abriu a goleada contra o Bahia, aos 12. De falta, claro. Uma bomba da meia-esquerda que entrou no ângulo esquerdo da baliza das piscinas. Golaço. As duas que bateram na trave no clássico desta vez venceram Buttice. Goleiro que não tinha sorte contra o Palmeiras – como quase todos os rivais naqueles anos: o goleiro argentino seria o camisa um corintiano na decisão do SP-74, quando o rival completou 20 anos de fila sem títulos.

O Bahia tentou buscar o empate depois do gol e concedeu espaços ainda mais generosos atrás. Em mais uma bela ação combinada entre Ademir e Nei, o Divino avançou pela esquerda e deu para Madurga aparecer livre para ampliar, aos 32.

Até Dudu faria o dele, aos 14, chutando de fora da área uma bola que desviou na zaga tricolor. O zagueiro Roberto Rebouças diminuiu de penalti cometido por Luís Pereira, aos 21. Nei fechou a conta. 4 a 1, aos 40, depois de boa enfiada de Madurga para Fedato, que se atrapalhou com a bola que bateu na trave, ele pegou o rebote e bateu para o ponta completar.

PALMEIRAS 4 X 1 BAHIA
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Sábado, 25/novembro (tarde)
Palestra Italia
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 100 940
Público: 10 815
PALMEIRAS: Leão; João Carlos, Luís Pereira, Polaco e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Madurga, Leivinha (Fedato) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Edu 12 e Madurga 32 do 1º; Dudu 14, Roberto Rebouças (pênalti) 21 e Nei 40 do 2º