Especial Libertadores-2000 – Felipão proibia elenco de falar com imprensa
Sexta-feira. Domingo pela manhã tinha o jogo de volta da semifinal do Paulistão contra o Santos. O empate era do time de Felipão, que chegara naquela madrugada de Natal, depois do empate dos reservas contra o ABC, pela Copa do Brasil.
Terça-feira tinha a volta mais importante. Corinthians na Libertadores. Talvez com Asprilla voltando à equipe, depois da punição disciplinar. Ele jogara bem nos 3 a 3 contra o ABC, no dia anterior.
Felipão não poderia contar no domingo com César Sampaio e Alex. Como se não bastasse jogar em sete dias quatro jogos de mata-mata por três torneios diferentes, dois titulares absolutos serviam a Seleção de Luxemburgo, que no domingo jogaria em Lima, pelas Eliminatórias para a Copa de 2002.
O desgaste era absurdo.
Também por isso Felipão proibiu entrevistas dos atletas pela quarta vez em quase três anos de Palmeiras. Oficialmente pelo desgaste do vazamento da conversa que ele teve com o elenco na quarta-feira, depois da derrota por 4 a 3 para o Corinthians. "Vazamento" meio que consentido na estratégia motivacional dele.
Nas outras três vezes, o silêncio tinha "saldo positivo". Se no SP-98 o Palmeiras foi eliminado pelo São Paulo na semifinal, em 1999 "funcionou" para se classificar na Libertadores contra o Corinthians, e depois para eliminar o Santos na semifinal do Paulistão.