Especial Libertadores-99: Mustafá Contursi rerererereleito, em 18/01/1999

Mustafá Contursi foi reeleito pela quarta vez presidente do Palmeiras, com 207 votos. Apenas 19 votos nulos e um em branco. Não havia candidato de oposição. Mesmo com a Parmalat torcendo o nariz em relação ao soberano do clube. Mesmo com Felipão detonando o presidente que não largava o trono desde 1993.

Horas antes da eleição, Felipão retornou das férias curtas. Ele saiu de folga em 30 de dezembro, depois da conquista da Mercosul-98. Só tinha reservas e juniores à disposição para a estreia no domingo, contra o Vasco, pelo Rio-Sao Paulo. Os titulares só voltariam na outra semana.

O treinador voltou atacando a própria direção do clube. Ele estava bravo com a não renovação de contrato de alguns atletas: o goleiro titular Velloso preocupava. Como o reserva Sérgio, os volantes Rogério e Tiago Silva, e o lateral-esquerdo Rubens Júnior. Ele atuara o BR-98 emprestado ao Coritiba. Interessava ao Porto. E o Palmeiras oferecia menos do que ele ganhava no Paraná para voltar a São Paulo.

Felipão estava bravo. E mandava o recado:

– Se não quiserem renovar com o Rubens Júnior, eu quero o Serginho (São Paulo) ou o Felipe (Vasco) ou o Roger (Grêmio).

Sim. Roger Machado, hoje treinador.

(Sim. Felipão pedia de pirraça apenas os três melhores laterais no país…Sem contar Júnior, titular dele em 1999, fundamental na conquista da Libertadores, e reserva de Roberto Carlos no penta, em 2002).

A FOLHA DE S.PAULO destacou em reportagem que, quando Felipão queria elogiar alguma decisão de diretoria, falava da Parmalat. Quando era para criticar, se referia “à diretoria” (do Palmeiras).

Felipão insistia em reforços. Também para suprir as saídas de Almir (atacante), Cris (centroavante que não voltaria de empréstimo), Magrão (centroavante), Darci e Adilson (armadores) e o zagueiro Jorge Luís.

O meia Jackson (Sport) e o volante César Sampaio (Yokohama Flugels) eram os ótimos reforços que estavam confirmados. Rivarola estava quase tudo certo para reforçar a zaga.