Especial Libertadores-99: Mustafá não tinha oposição no Palmeiras, em 17/01/1999
Os 285 conselheiros do Palmeiras iriam eleger no dia seguinte, segunda-feira, o “novo” presidente do Palmeiras. Ou pior: pela quarta vez desde 1993, Mustafá Contursi seria reeleito.
A oposição estava enfraquecida desde a manobra mustafista em 1996, que permitira eleições sem limite do presidente. Seraphim del Grande, que havia levado naquele ano um chapéu de Mustafá que o transformara em candidato de oposição em 1997, só tivera 23 votos naquela eleição. Mustafá venceu por 223 a 23.
Mustafá dizia que não tinha oposição em 1999. E parecia não ter mesmo. Tanto que era candidato único. Pretendia no biênio 1999-01 valorizar mais o patrimônio. E enfim conseguir cobrir o Palestra Italia, projeto que apresentara em 1996.
O presidente rererereleito afirmou que continuaria com a Parmalat (com quem nunca tivera um bom relacionamento, desde o início da cogestão, em 1992). Mas não queria foco na Libertadores-99. As conquistas viriam, segundo ele, de moto natural. “Não teremos despesas insuportáveis”.
Também pretendia continuar com Felipão (FOTO) como treinador. Apesar de ter pensado seriamente em demiti-lo se não conquistasse a a Copa do Brasil-98. Desde então, quase tudo era motivo de polêmica com o técnico. Na terceira partida decisiva da Mercosul-98, Felipão insistiu em jogar de camisa branca contra o Cruzeiro, no Palestra. Mustafá determinou o uniforme verde que acabou campeão.
Outra birra entre eles era molhar o gramado antes dos jogos. Felipão queria um campo para a bola correr mais rápida. Mustafá não permitia. Dizia que atendia às recomendações técnicas de quem cuidava da grama.
Na Copa São Paulo, o Palmeiras foi eliminado pela Ponte Preta, no Palestra. Derrota por 2 a 1, na prorrogação.