Especial Libertadores-99: no mínimo três jogos decisivos antes da grande final, em 03/06/1999
Felipão não aguentava mais reclamar. Os jogadores, jogar. No desembarque em São Paulo na quinta-feira, um dia depois na derrota em Cali para o Deportivo, na primeira decisão da Libertadores, o Palmeiras já tinha que descansar-treinar na sexta para o clássico contra o Santos no sábado, primeira partida da semifinal do SP-99.
O treinador pretendia poupar até 7 titulares. Nem a ameaça da FPF de descontar a cota por partida fazia o técnico mudar a ideia. “Isso porque representamos todo o futebol brasileiro na Libertadores… Ninguém quer nos ajudar”.
Mas os jogadores queriam jogo. O Palmeiras também estava na semifinal da Copa do Brasil, contra o Botafogo. Zinho era um dos que mais se queixava de dores musculares. Mas não pretendia ser poupado.
“Senti o time morto no segundo tempo. Não tínhamos pernas pros ataques. Só não estamos piores pelo excepcional preparo físico do elenco”, disse Felipão ao chegar em Cumbica, no início da manhã de quinta, depois de 5 horas e meia de voo desde a Colômbia.
O calendário previa Santos no sábado, o jogo de volta contra o mesmo rival pelo SP-99, na terça à noite, Botafogo na volta no Rio, na sexta à noite, pela Copa do Brasil.
Se conseguisse a classificação para a final do Paulistão, o Palmeiras teria o primeiro jogo decisivo no domingo à tarde, e, na outra quarta-feira, dia 16 de junho, a finalíssima da Libertadores, no Palestra.