Especial Libertadores-99: Velloso machucava o pé na véspera do Derby, em 16/3/99

No rachão antes do Derby, Velloso machucou o pé sozinho, jogando na linha. Mesmo depois de levar 13 gols em 4 jogos pelo Rio-São Paulo com o time reserva, e também por Sérgio ter demorado a renovar contrato, Marcos foi o escolhido para substituir Velloso (que falhara no gol do empate com o Olimpia, e fora chamado injustamente de “frangueiro” por muitos dos poucos mais de 8 mil torcedores que foram ao Palestra).

Disse o camisa 12 Marcos: “No Palmeiras temos que matar um leão por dia. Amanhã será o meu dia. Mas não estou nervoso. Não terei problema nenhum para dormir.”

Quem bancou a escalação de Marcos como titular foi o preparador dele, Carlos Pracidelli. “O Palmeiras tem uma bomba atômica para explodir que é o Marcos. É só deixar jogar”, disse Pracidelli a Felipão. Paulo Angioni, diretor da Parmalat no clube, sinalizou que a cogestora poderia buscar outro goleiro no mercado. Mas a comissão técnica estava fechada para dar chance a Marcos. Mesmo no Derby. Mesmo com o foco na Libertadores.

Palmeiras x Corinthians jogariam no dia seguinte, 21h40, no Morumbi, pela quinta rodada do torneio. Time de Felipão ainda não havia se encontrado. O de Evaristo, também. Perdera para o São Paulo, no domingo, e precisava vencer o Palmeiras de qualquer jeito.

César Sampaio voltava de lesão, mas seria banco. Roque Jr. sentia a panturrilha e estava fora. O elenco estava cansado pelo baque da pré-temporada incipiente e a batida das férias reduzidas dos atletas. O Palmeiras projetava até 52 jogos só no primeiro semestre!

Felipão, porém, invertia o discurso. “O bom de jogar tanto é que você acaba recebendo mais dinheiro por tantos jogos. Se eu fosse atleta, levantaria as mãos para o alto, agradecendo”.

Uma vitória alviverde classificaria a equipe antecipadamente. E evitaria enfrentar o Vasco já nas oitavas-de-final. O clube carioca era o então campeão da América.