Eu e o Palmeiras não sabemos o que queremos

Eu queria o Mano em outubro quando Cuca já não estava mais querendo e nem podendo. Mas não queria muito, não. Eu quis o Valentim em novembro. Mas já não queria mais como treinador principal depois do Derby. Eu voltei a querer o Roger que eu tanto quis em dezembro passado. Mas pensei num peso-pesado como o Abelão. Melhor para segurar o tranco. Sanguíneo. Animadíssimo. Gente com o nosso jeito. Mas também não sei. Seria?

Não queria querendo o Felipe Melo. Queria querendo o Cuca de 2016 e não o de 2017. Quero que o Lucas Lima de 2015 venha em 2018 e não quero que Lucas Lima saia como o Diego Souza em 2010. Não queria querer o Diego Souza em 2017. Quero um goleiro mais jovem para o banco e não o Weverton já pra campo.

Eu quero um treinador jovem, capaz e sério como o Roger. Mas não quero que o queimem como Valentim. Eu queria mesmo o Guardiola. Ou que ele nos devolvesse o Gabriel Jesus. Quero o Roger como eu queria o Luxemburgo em 1993. Como achei que seria uma boa o Bonamigo em 2005 e o Caio Júnior em 2007. Não rolou. E nem tinham time para rolar.

Agora, não. Tem elenco. Temos os erros aprendidos. Já temos uma boa base e uma ótima base sub-20. Ele tem capacidade. Se tivermos paciência, e se ele levantar a voz sempre equilibrada e baixa quando a corneta roncar, vamos ter menos dúvidas.

Enfim, eu não sei o que quero. O Palmeiras, também não. Então vamos baixar a guarda e guardar a corneta. Vamos deixar o homem trabalhar.