Eu gosto de grupo difícil em Libertadores

Cada vez mais é fácil para nós periodistas deportivos chutar o que vai acontecer na Libertadores. Além de espaçada durante a temporada, com elencos despedaçados ou remontados durante a competição, desde 2012 (pra não ir tão longe) ao menos um dos dos finalistas é virgem. Quando não são os dois. Pra não dizer o que aconteceu em 2014, quando a semifinal da Liberta parecia quartas de Sul-Americana.

Ressalvas feitas, desculpas antecipadas e justificativas meio esfarrapadas, o que dá pra dizer é que há muito tempo não havia fase de grupos potencialmente tão legal. Grandes clássicos com grandes equipes. Tudo aquilo que o torcedor gosta. Pro time dos outros.

Só de “grupo da morte” (BUH!), marca registrada, tem uns três. O nosso é um deles. Venha o Olímpia (tri continental), o Junior Barranquilla (que perdeu o treinador de boa campanha na Sula-17), o Guarani paraguaio (aquele de Itaquera-15) ou o Wanderers (Uruguai), a chave já é chata. Alianza Lima é velho freguês. Mas o estádio deles é caldeirão. E o Boca é Boca. E tem sido ainda mais em 2017. Um dos candidatos ao título. O que seria o hepta deles. Como também somos candidatos ao bi da Libertadores.

Mas sem obsessão.

Obsessão é só o Palmeiras.

Quando ganhamos em 1999, aliás, foi só podreira e pedreira. Desde então, nenhum campeão continental teve campanha tão dura. Primeiro porque a partir de 2000 os grupos por países foram desmantelados. A Libertadores foi ampliada. O nível caiu.

Em 1999, não. Na primeira fase, os rivais foram Corinthians, e os paraguaios Olímpia (que seria tri em 2002) e Cerro Porteño (que nunca venceu, mas é dos clubes que mais disputaram o torneio.

Nas oitavas, o Vasco que era o campeão sul-americano e foi derrotado na volta no Rio. Nas quartas, o Corinthians que jogou melhor, mas canonizou São Marcos.

Nas semifinais, o River seguro por Marcão na Argentina e afundado por Alex no Palestra.

Na final, se não tinha tanta camisa, o Deportivo Cali tinha boa equipe. Mas não melhor que o Palmeiras campeão da América enfrentando porrada toda a competição.

Como pode a história se repetir como festa em 2018.