EXCLUSIVO: Hoffmann Túlio fala em Palmeiras competitivo e promete: ‘Será um grande ano’
Treinador da equipe feminina do Verdão falou sobre a montagem do elenco e investimento nas categorias de base em entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA
Contratado no final de outubro, inicialmente para comandar as categorias de base da equipe feminina do Palmeiras, o mineiro Hoffmann Túlio, de 34 anos, assumiu o comando do grupo profissional em novembro, substituindo o então treinador Ricardo Belli. Efetivado no time principal para 2022, Hoffmann comandou o Verdão na Ladies Cup, em dezembro, e já prepara o planejamento para as competições que virão na nova temporada.
Estudioso e conhecedor da realidade do futebol feminino do Brasil, a aposta da cúpula palestrina em Hoffman se deu após os bons trabalhos do jovem no comando de América Mineiro (2018), Cruzeiro (2019) e Atlético Mineiro (2020/21). Em Belo Horizonte, o treinador conquistou três títulos invictos do Campeonato Mineiro (2018, 2019 e 2020), além de dois vice-campeonatos do Brasileiro Feminino da Série A2, em 2019 e 2021, que levaram as suas equipes à Série A1 do certame nacional.
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Após fazer sua estreia no banco alviverde em dezembro, na disputa da primeira edição da Ladies Cup, realizada em São Paulo, o Palmeiras do jovem comandante foi eliminado na primeira fase da competição, perdendo a vaga na final para o Santos pelos critérios de desempate. Ao todo, a equipe fechou a competição invicta, batendo o Flamengo, por 2 a 1, o River Plate, por 4 a 0, e empatando em 1 a 1 no clássico com as Sereias da Vila.
Em entrevista EXCLUSIVA ao NOSSO PALESTRA, Hoffmann Túlio analisou sua primeira experiência à beira do gramado e destacou o aprendizado adquirido ao longo da primeira competição.
– Eu estou tranquilo quanto essa minha primeira experiência no Palmeiras. Foi muito positiva, acredito que apesar de não ter vindo o resultado que a gente sonhava, teve alguns fatores positivos – analisou.
Já mostrando suas identidades táticas ao longo das três partidas da Ladies, o treinador promoveu grande mudança nas laterais da equipe, em relação àquilo que antes era realizado no trabalho de Belli. Enquanto o antigo comandante tinha como ideal um modelo com três defensoras, utilizando a Bruna Calderan e a Camilinha como alas pela direita e esquerda, respectivamente, Hoffman optou por deixar Katrine no flanco esquerdo e Camilinha no direito.
Aos olhos do professor, Katrine e Bruna Calderan são as laterais ideias para a equipe em seu modelo ideal. No entanto, com Bruna retornando de lesão, a aposta foi em Camilinha, meia de origem, e definida como ‘versátil’ pelo treinador.
– Eu vejo que a Bruna Calderan e Katrine são peças que realmente jogam na lateral. A Camilinha é muito versátil, pode jogar ali e já até realizou essa função. Na Ladies a Calderan estava lesionada, então ela não podia jogar muito tempo. Nosso planejamento foi tomar todos os cuidados com ela, para não ocorrer uma nova lesão e atrapalhar o retorno para 2022. São as duas laterais que tenho – destacou.
Além das duas, as outras opções para as laterais são Evelin (direita) e Manuela (esquerda), de 18 e 19 anos, respectivamente. Ambas atletas oriundas da base do Verdão, apenas Manuela já atuou profissionalmente na equipe, somando 13 jogos em 2021. Com poucas atletas por posição, a promessa para 2022 é contratar pontualmente, visando fortalecer o grupo e montar uma equipe de grandes nomes para brigar por títulos. No entanto, existe cautela nos bastidores e silêncio quanto aos nomes.
– A gente entende a aflição do torcedor em querer saber os novos nomes, mas a diretoria está trabalhando. Quem trabalha em silencio sempre está na frente e essa é uma virtude da nossa diretoria. Em breve os torcedores vão ver o grande trabalho e os grandes nomes que estão por chegar. Será um grande ano do Palmeiras – afirmou o treinador.
Outra pauta debatida pela torcida e presente no interno do Palmeiras é o fortalecimento das categorias de base do time feminino. Enquanto no masculino o centro de formação se tornou referência no Brasil, o clube ainda engatinha no projeto de se autossustentar pela base, embora já exista atletas das categorias inferiores no plantel principal feminino.
No início do último mês de dezembro, as Verdonas foram eliminadas precocemente na Liga de Desenvolvimento Feminino Sub-16. Com apenas um empate em três jogos, a equipe ficou na igualdade sem gols diante do Fluminense e perdeu para São Paulo e Internacional, ambos pelo placar de 3 a 0.
– Pode até parecer que não existe um trabalho de formação, mas no time profissional existem várias atletas formadas na base. Tivemos Manu, Julinha, Carol, Ana, Giovana e a Awanny. O clube conta com muitas meninas que vieram das categorias de base – comentou.
Em 2022, a meta do clube é investir para ter, em breve, mais pratas da casa no time profissional. Com o início da gestão de Leila Pereira, primeira mulher a presidir o Palmeiras, e com Túlio Hoffmann, admirador de projetos de base, no comando da equipe profissional, o clube ainda planeja como viabilizar o centro de formação.
– Está sendo pensado como fazer, não é fácil, não é barato, mas o clube pensa em estratégias para formar novas atletas e no futuro próximo mais atletas integrarem o profissional – revelou Túlio ao NP.
Para finalizar, Hoffman destacou que o projeto para a atual temporada está sendo seguido e contratações pontuais estão sendo realizadas. Anunciando o retorno da atacante Bia Zaneratto, grande nome do Palmeiras Feminino em 2020 e 2021, a expectativa da comissão técnica é atingir voos altos e chegar forte nas competições de 2022.
– Contratações estão sendo feitas, tem que deixar acontecer, o clube anunciar. O torcedor vai ficar satisfeito com as manutenções das principais peças e dos reforços que estão chegando. O que dá para dizer é que vamos forte no Campeonato Brasileiro, no Paulista, na Libertadores e na Supercopa – finalizou.
O elenco do Palmeiras Feminino segue de férias e se apresentará em breve para a temporada 2022. Com quatro competições garantidas no calendário, a equipe volta aos gramados entre os dias 6 e 13 de fevereiro, para a disputa da primeira edição da Supercopa do Brasil.
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