EXCLUSIVO: Ruan Santos festeja Copinha pelo Palmeiras e desabafa: ‘Sentimento de dever cumprido’
Em entrevista ao NOSSO PALESTRA, o zagueiro rechaçou provocações de rivais e destacou treinamento com Abel Ferreira
Campeão da Copinha pelo Palmeiras, o zagueiro Ruan Santos, de 18 anos, marcou seu nome na história do clube ao participar da histórica campanha que culminou no troféu inédito para a galeria do clube. Presente em cinco partidas na competição, o defensor não atuou na final, mas deixou sua marca com uma assistência na vitória sob o Mauá, pela segunda fase.
Em entrevista EXCLUSIVA ao NOSSO PALESTRA, Ruan deixou claro o sentimento de dever cumprido após o título e destacou que a taça da Copinha coroa uma geração acostumada a vencer na base palestrina.
– Sentimento de dever cumprido. Era algo que tínhamos em mente desde o início da competição e poder conquistar o torneio nos deixa realizados. Esta geração do Palmeiras é muito forte e o título da Copinha coroou isto. Agora é trabalhar ainda mais, para que possamos seguir escrevendo nossa história dentro do clube – disse o jovem.
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A conquista também colocou ponto final em uma brincadeira que a torcida do Palmeiras se acostumou a ouvir dos rivais nos últimos anos. A tradicional música cantada pelos adversários como uma provocação ao alviverde perdeu o sentido após o triunfo palestrino.
Ao NP, o zagueiro afirma que a zoação sempre foi deixada do lado de fora do campo e nem mesmo usada como motivação pelo elenco ao longo do certame nacional. Com a provocação afastada do vestiário, a missão do elenco era focar no trabalho introduzido pelo treinador Paulo Victor Gomes.
– Brincadeiras de torcida a gente sempre tenta deixar fora do vestiário. Sabíamos que se seguíssemos fazendo nosso trabalho bem-feito, iríamos conquistar a Copa São Paulo. Nosso elenco merecia muito e queríamos mostrar o nosso potencial. Deu certo – revelou após o título.
Campeão de maneira invicta, com oito vitórias e um empate, o plantel de Paulo Victor Gomes apresentou marcas conhecidas de Abel Ferreira para terminar o campeonato com o caneco na mão. De defesa sólida, com apenas cinco gols sofridos, e melhor ataque do certame, com 29 tentos anotados, o time se adaptou às circunstâncias e alternou métodos de jogo para vencer.
Na visão do zagueiro, as ideias semelhantes entre PV e Abel ajudam na formação dos jogadores e deixa o processo de adaptação ao profissional mais fácil.
– Com certeza, pois uma filosofia de jogo está atrelada a outra e, assim, o atleta tem uma adaptação ainda mais rápida quando sobe ao profissional. Isso favorece o jogador e o faz se sentir mais à vontade quando recebe oportunidade na equipe principal – analisou.
Dando continuidade ao projeto de integração entre base e profissional após a taça, o elenco do sub-20 marcou presença nos treinamentos do time principal, na Academia de Futebol. Essa não foi a primeira oportunidade de Ruan entre o elenco profissional, já que o jovem compôs o grupo em algumas ocasiões durante a temporada 2021.
– É uma experiência marcante para cada um de nós. Um elenco campeão na base ter a oportunidade de treinar com um elenco campeão no profissional é uma chance de ouro para nós. Acredito que isso influencia muito no nosso amadurecimento e nos auxilia a já chegar no profissional com uma mente campeã – afirmou.
Com o sucesso das Crias da Academia no time profissional ao longo das últimas temporadas e os treinos ao lado dos comandados de Abel Ferreira, Ruan ainda falou sobre a expectativa de atuar no time principal regularmente em breve. De maneira cautelosa, o defensor disse trabalhar firme pela oportunidade e que deixa a escolha nas mãos da comissão técnica.
– Eu deixo nas mãos da comissão técnica. É um sonho poder atuar pelo profissional e é um grande objetivo meu. Mas só conseguirei realizar este feito exercendo meu trabalho com excelência na base. Vou fazendo meu melhor no Sub-20, pois sei que a qualquer hora a oportunidade pode aparecer – finalizou.
No Palmeiras desde 2017, Ruan Santos tem idade para mais duas temporadas como jogador de categorias de base. O defensor tem contrato até setembro de 2023 e multa rescisória milionária, de 80 milhões de euros – R$ 530 milhões, na cotação atual.
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