Explicar o impossível

Ontem gravei vídeos para o tour no #allianzparqueexperience (e teremos a partir de janeiro novidades nesse time que tenho a honra e alegria de vestir junto a camisa).

Só depois de sair do estádio lembrei que o cara da foto, o que dá nome a uma das salas de imprensa do Allianz Parque, estaria ontem completando 81 anos de Palestra. O Nonno desses quatro. O Babbo dos pais desse quarteto.

Ontem resolvi não escrever meio que me desculpando por não ter lembrado na sala com o nome dele na nossa maior paixão, ao lado da foto dele, que aquele era o dia dele!!! Como fui esquecer sempre cheio de memórias, recordações e datas? Ou será que não lembrei só por todo dia lembrá-lo e ainda o considerar sempre ao lado?

Como tantas coisas, não sei.

Tenho que me aprofundar mais, como pede a minha Biondina, amor da minha vida. Concordo. Mas sei lá. Eu e meu pai sempre nos comunicamos sem palavras. Mais sentimos que falamos (e isso muitas vezes não é o certo, principalmente com quem a gente ama). Mas tem vezes que a gente não precisa mesmo falar. Nem quando é “obrigado” e “parabéns”.

Não somos obrigados.

Apenas sentimos.

Meus sentimentos. Que não são “pêsames”.

São sentimentos que o silêncio fala melhor. Mas como sou de falar muito e muitas vezes só pra não dizer muito. Como o Nonno era de barulho, cinco anos de barulho pelo seu silêncio. 81 anos de obrigado por tudo, Babbo. E principalmente pelo nosso time.

Palmeiras onde há dois anos quem precisa explicar a inexplicável emoção de não ser, e a impossível emoção de ser, tem de vir todo jogo depois da partida para falar na sua sala da nossa casa.

Você merece, Babbo