Felipe Anderson cita busca por títulos e explica transferência ao Palmeiras: ‘Precisava de projeto’

Meio-campista foi apresentado pelo clube nesta segunda-feira (15) e narrou motivo de retorno ao Brasil

Novo reforço do Palmeiras, Felipe Anderson foi apresentado nesta segunda-feira (15) pelo clube na Academia de Futebol. Depois de ter seu número revelado e falar pela primeira vez com a torcida no Allianz Parque, o jogador concedeu uma entrevista coletiva, em que explicou o motivo de aceitar a proposta do Palmeiras.

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Felipe Anderson explica transferência ao Palmeiras

– Eu estava no último ano de contrato, precisava de um projeto para dar continuidade à minha carreira, do que penso de futebol. Queria muito um projeto, esperei com calma, analisei bastante, e apareceu o Palmeiras. Não foi difícil, por tudo que o clube representa, ainda mais quando entramos em detalhes. Com muita calma escolhemos e creio que vivendo aqui, trabalhando nesse primeiro mês, foi a escolha certa – afirmou Felipe.

Com veículos italianos afirmando que jogaria na Juventus, o meio-campista negociava na surdina com o Verdão e acertou sua ida ao clube. Inicialmente houve uma negativa, mas, por conta da condução das partes envolvidas, as conversas seguiram e caminharam para um desfecho positivo.

– Foram dois momentos a negociação, em um primeiro momento não chegamos a uma conclusão, e mesmo assim não vazou nada. Isso foi surpreendente para a gente. Desde o primeiro contato, mesmo que não tivesse dado certo, foi uma relação de profissionalismo, respeito, isso contribuiu para que a negociação tivesse sequência – disse.

– Existiam muitas sondagens, especulações, muitas eram verdades, outras nem tanto. Estava em um momento de decisão, realmente precisava e queria decidir para poder focar no final do meu mês na Lazio. Queria decidir para não ficar com muitas especulações, e esperava por um projeto como o Palmeiras. O que entendo de projeto é um todo, o que o clube vem vivendo em todos esses anos, com títulos, é um time que qualquer jogador quer estar.

Felipe explica que sua escolha se deu, também, pela “fome de títulos” que tem e a possibilidade de ser “saciado” jogando no Palmeiras.

– Todo jogador, independentemente se ganhou ou não, vai querer sempre estar num lugar que ganha. Esse foi um dos motivos (que vim para o Palmeiras), a fome de vencer títulos, de estar no meu país, num time que luta para ganhar sempre. Isso me motiva cada dia mais. Vejo jogadores que ganharam tudo aqui e dão tudo nos treinos, é um lugar que tem competição durante todo tempo. Estou no lugar certo, com muita fome de ganhar troféus.

Há cerca de 15 dias trabalhando nas instalações do Palmeiras, Felipe Anderson destaca a união entre todos os funcionários do clube. Segundo o jogador, isso ajuda a adaptação a acontecer de forma mais rápida e natural.

– Aqui na Academia foi muito importante estar esse tempo, todos aqui são contectados, desde a primeira pessoa que você encontra até a última. Isso facilita o dia a dia, encurta o tempo de adaptação, aconteceu comigo e com os outros que chegaram. Comentamos que é muito fácil adaptar aqui, é um grupo muito unido, eles deixam bem claro que o ego tem que ficar fora da Academia. Desde o primeiro dia tenho gostado.

Revelado no Santos, Felipe atuava há 11 anos no futebol europeu e escolheu o Palmeiras para retornar ao seu país. Quando regularizado no BID da Confederação Brasileira de Futebol, ele estará apto para jogar pelo Maior Campeão do Brasil.

Veja outras respostas de Felipe Anderson, reforço do Palmeiras:

Boa fase física e sequência de jogos:
– Com muito trabalho, renúncia, pude estar sempre recuperado, disponível. Claro que muitas coisas contribuem, como cartões, lesões, escolha do treinador. Todas essas coisas cooperaram para que pudesse atuar nesses três anos. Isso me motiva a continuar com meu trabalho, com o que acredito. Tem me dado frutos, sempre é o treinador que decide, mas gosto de estar disponível.

Posição preferida e dinamismo no campo:
– Nos últimos três anos sempre fui sendo mudado de posição. Atuei muito pela direita, mas o treinador gostava de me escalar pela esquerda ou pelo meio. Eu me apaixonei muito em entender o que os jogadores que têm minhas características fazem, e isso tem me ajudado bastante.

Desafio de atuar no Campeonato Brasileiro:
– O desafio maior é o calendário do futebol brasileiro, mas eu já sabia. Todo mundo sabe a dificuldade, mas vou tentar levar pelo lado bom, fazer tudo com maior amor. A distância das viagens, temos que abdicar de muitas coisas para estar bem no próximo jogo.

Estrutura do Palmeiras:
– Aqui na Academia é uma das melhores estruturas do mundo. Nós jogadores conversamos entre nós, como é no seu clube, o método de trabalho. Não somente a estrutura, mas o método dos profissionais, é uma das melhores do mundo, todo jogador vai falar a mesma coisa porque é verdade.

Possibilidade de ser líder no vestiário:
– Eu tento liderar, não sou muito de falar, de conversar, mas gosto de dar o exemplo, estar sempre disponível para ouvir. Temos líderes aqui que são homens de caráter, tenho conhecido bastante, têm jogadores que lideram durante todo o tempo. Quero sempre estar crescendo, aprendendo, me coloco à disposição para ajudar.