Fim do rodízio: uma mudança de filosofia no Palmeiras

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

Depois de vencer o Ituano por 4×0 nesta quarta feira, 22, em Itu, Vanderlei Luxemburgo concedeu entrevista coletiva e foi categórico em afirmar que não pretende seguir com o esquema de rodízio que se notabilizou, por exemplo, na administração de Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes, o que corresponde a praticamente duas temporadas consecutivas. Uma quebra de padrão.

Acostumado com essa variação nas escalações de um jogo para outro, o torcedor alviverde viverá uma nova fase. Alinhado com a teoria de “ter um time”, Luxa afirmou que a ideia é que o torcedor possa saber quais jogadores formam seu onze inicial, aqueles “em quem podem confiar” quando a situação estiver complicada e resolver a dificuldade.

Perguntado sobre a intenção de poupar atletas, ele foi bastante incisivo em negar essa possibilidade:

“Não vou fazer rodízio. Já falei com os fisiologistas. Prefiro colocar um craque com 30%, do que colocar o outro que não vai resolver o problema. Eu penso em ganhar jogo!”

Ele também comentou sobre como isso pode impactar na disputa por vaga. Pediu aos atletas que incomodem uns aos outros, que “cutuquem” quem estiver como titular e que essa briga será fundamental na contenção de acomodação e falta de disposição decorrente do conforto que a falta de sombra pode causar.

Deixando claro seu espírito de competição muito aguçado, Vanderlei completou dizendo que “Vou rodar quando tiver um ou outro cansado. E esses que saírem não vão pra casa. Vão pro banco. 45 minutos não matam ninguém”.

A volta do experiente treinador parece ir ao encontro do que fez sucesso no último ano, com o trabalho de Jorge Jesus que não se utilizou do rodízio nas conquistas do país e da América.