Futebol é difícil de compreender, mas nosso time é mais: Palmeiras 3 x 2 Atlético Mineiro

Antes de a bola rolar no dia em que o Palmeiras foi o Brasil na Copa Rio de 1951, o palmeirense no Allianz Parque brincava que era melhor só abrir o placar aos 90 minutos (do segundo tempo…) e ainda colocar no telão que estaria 1 a 0 para o Atlético; só para o Palmeiras não entregar literalmente os pontos para o rival… E foi quase tudo igual.

O Galo foi melhor a partir da metade do primeiro tempo. Empatou no recomeço, mas também tirou o pé do acelerador e só acordou quando Bruno Henrique marcou golaço de falta, Chará empatou na sequência, e o gol no final enfim apareceu no momento em que Roger era xingado como ainda não havia sido nenhum treinador no Allianz Parque, desde a inauguração.

1º TEMPO – Juninho não teve atuações pelo Palmeiras dignas do investimento feito. E fez com a camisa do Atlético o seu melhor momento pelo clube que ainda detém os direitos dele. O pé esquerdo tirou a bola do pé direito num chutão furado e Moisés foi mais esperto e fez 1 a 0, aos 2 minutos. Mais três e o esperto meia mandou balaço no travessão. O Galo só acordou na metade da primeira etapa, depois de dar outro gol que Dudu desperdiçou com incerta displicência. O Atlético então botou a bola no chão e só não empatou por três boas intervenções de Weverton, impedindo que a dinâmica pelos lados e a movimentação de Ricardo Oliveira não causasse mais estragos.

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2º TEMPO – O que já merecia antes encontrou o time de Larghi aos 5. O bom Galdezani bateu, Weverton foi bem, e Luan foi mais atento que Diogo Barbosa. O Palmeiras seguiu marcando mal, especialmente no lado esquerdo, dando a bola e espaço ao Galo que também perdeu o apetite. Algo que o time de Roger também não teve. Mas acertou mais uma vez a meta com o pé afiado de Bruno Henrique. Golaço de falta aos 30. A primeira chance palmeirense desde os 22 do primeiro tempo. Roger então mais uma vez tentou fechar o meio aberto com Jean. E foi mais uma vez infeliz.

Palmeiras-02-3

Em cinco minutos levou o empate com Chará, enfim na dele, pela direita, com a entrada de Terans. O Galo seguiu mais perigoso, quase virou com Tomás que acabara de entrar, e ouviu a maior vaia e xingamento em quase 4 anos de Allianz Parque para Roger. Em menos de dois minutos, Bruno Henrique mais uma vez desempatou, depois de assistência de Deyverson…

Vá entender o futebol. O meu time eu já desisti faz tempo.

CHANCES DE GOL – 4 x 4 primeiro tempo; 3 x 7 segundo tempo. TOTAL: PALMEIRAS 7 x 11 ATLÉTICO MINEIRO.

O LANCE – 47min do segundo tempo: "ei, Roger, vai tomar…". 48min: "burro, burro". 48min52s. Gol da vitória palmeirense.

O CARA – Bruno Henrique. O golaço de falta em tiro livre direto que o Palmeira não fazia em jogo oficial desde fevereiro de 2015, contra o Capivariano. Gol de falta direta que o time não fazia desde o gol dele contra a Liga Alajuelense, da Costa Rica.

TÁTICA – Palmeiras no 4-2-3-1 usual, com Felipe Melo e Bruno Henrique se alternando, Moisés mais próximo do móvel e utilíssimo Willian. Mas Scarpa ainda sem ritmo e Dudu longe do ideal. Na segunda etapa, Roger mais uma vez tinha razão em fechar o meio com Jean. Outra vez foi infeliz no timing. Mas ainda assim buscou o placar reabrindo o time com Deyverson no lugar do desgastado Felipe Melo.

Atlético no 4-2-3-1, com Elias não conseguindo ser o terceiro meia e nem o terceiro volante. Chará torto pela esquerda e os laterais um tanto presos. Quando o colombiano foi para a dele, fez um belo gol.

Campinho-1

NOTAS DO JOGO – PALMEIRAS 6 X 6 ATLÉTICO MINEIRO –

JOGO NOTA 8

BOTA-TEIMA – Até 47 do segundo tempo, dois amarelos. Um para Moisés na celebração do primeiro gol. Outro para Luan, na celebração do primeiro empate atleticano. Ambos rigorosos. Ambos lamentáveis. A arbitragem só consegue controlar a indisciplina quando não deve. Jogadores também pouco ajudam os árbitros que se atrapalham sozinhos.

O CHUTE INICIAL – PALMEIRAS 2 X 1 ATLÉTICO MINEIRO (palpite do bolão)

NO FRIGIR DAS BOLAS – O Galo merecia melhor sorte. O palmeirense merece melhor futebol.