Grupo de oposição do Palmeiras cresce e entrega novo requerimento contra Leila Pereira

Documento foi assinado por 43 membros do conselho, número que representa aumento de 65% em relação ao pedido anterior

Um novo pedido de esclarecimentos sobre alegações de tratamento discriminatório no Palmeiras foi apresentado na reunião do Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira (23), em conversa que teve a presença de Leila Pereira, presidente do clube. A informação foi noticiada primeiramente pelo ‘uol’ e confirmado pelo NOSSO PALESTRA.  

O documento, apesentado na sede social do clube, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, foi assinado por 43 membros do conselho. Assim, o número de assinaturas representa um aumento de 65% em relação ao requerimento anterior, no qual 26 conselheiros pediram explicações em relação à aquisição de um avião pela presidente do clube.

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No último requerimento, em setembro, os conselheiros que assinaram o documento viram seus privilégios de ingressos gratuitos revogados, enquanto os conselheiros que apoiavam Leila continuaram a desfrutar do benefício. No documento assinado nesta segunda-feira (23), os signatários solicitam ao presidente do Conselho, Alcyr Ramos da Silva Júnior, que anule a punição imposta ao grupo e forneça uma resposta por escrito em até cinco dias. Eles também pedem a criação de uma comissão para discutir a transparência do processo.  

– O ato de discriminar conselheiros, seja limitando seletivamente benefícios ou dificultando o acesso a eventos institucionais, com base em sua livre atuação política, que no caso se limita a solicitar esclarecimentos, não apenas viola o livre exercício das convicções políticas dos conselheiros em questão, mas também de todo o Conselho Deliberativo da SEP, algo sem precedentes na história do clube – diz parte do documento divulgado pelo ‘uol’.

Além da pressão por parte dos conselheiros, a presidente lidou com uma grande mobilização por parte da torcida. Antes da reunião do Conselho Deliberativo, centenas de torcedores protestaram na porta da sede social do clube no início da noite desta segunda-feira (23). O ato foi convocado pela principal torcida organizada palestrina, a Mancha Alviverde, e também contou com bom apoio de torcedores comuns.

Leila Pereira vive um período de grande crise com parte da torcida do Palmeiras e com alguns conselheiros. Em coletiva, classificou a oposição como destrutiva e passou a ampliar as medidas restritivas contra críticos do mandato. Na última semana, removeu do clube 46 consulados que assinaram documento que criticava medidas tomadas pela administração.

Como resposta à medida de autoridade, 63 consulados emitiram um novo comunicado na tarde desta segunda-feira (23), pouco antes dos protestos na sede social. Eles expressaram repúdio contra as medidas tomadas pelo departamento de interior do Palmeiras, parte da diretoria que cuida dos consulados nacionais e internacionais.