Ídolo na acepção do termo: 70 anos de Leão

“Foi o melhor que eu vi jogar com a nossa camisa”. Claro e simples na afirmação, um homem além dos 50 anos e alguns muitos títulos garantiu a mim, com o verde nos olhos, que Emerson Leão é esse cara. Por ventura, o pai deste que vos escreve ainda arrematou a discussão dizendo que foi o ídolo mais chato que ele já teve.

Contradições típicas dos improváveis e evidentes candidatos à história dos clubes. A idolatria nunca chega aos de pouca personalidade. Seja ela explosiva ou silenciosa, a descrição não combina com a adoração de uma família. Leão é o exemplar perfeito do falastrão, do líder, do folgado, do ousado.

Do Palmeiras.

Exaltado em defender seus pontos e vistas, não é alguém que se submeta ao momento. Sempre fez o momento. Defendeu rivais do time em que se posicionou no panteão. Deu as mãos com Santos ou divindades, mas foi humano de fazer a carreira em outras freguesias. E isso não desmerece a história. Qualifica. Engrandece. Torna vulnerável e apaixonante.

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É quem mais vezes esteve de mangas longas e luvas ostentando um distintivo verde e branco no peito. Ninguém nos defendeu em tantas oportunidades. Fez o Palmeiras chegar ao gol do país. Fascinou o mundo. Chocou os próximos com talento e como autenticidade. Se existe uma combinação mais identificada ao Parmerismo, confesso desconhecer.

Emerson Leão está na primeira fileira da centenária e feroz história alviverde. Chega aos 70 anos, hoje, e merece ter seu espírito reavivado no coração do torcedor que o viu e os que não tiveram essa sorte, como eu, que faço essas palavras baseadas nas emoções dos meus próximos.

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E por mais imprescindível que tenha sido em campo, a fera fascinava também as garotas da época. Galã fora das quatro linhas, Leão conquistava fãs de muitas maneiras e todos e todas são eloquentes em afirmar que o aniversariante é um enorme, gigante, quase imbatível e nem sempre tranquilo, ídolo da Sociedade Esportiva Palmeiras.