Eu investiria quase tudo que foi gasto pelo Palmeiras em 2017

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A Mancha Alviverde está on fire. Afirmou que o Palmeiras torrou R$ 112,2 milhões em contratações para 2017. A lista está abaixo — e bate com as informações do mercado:

‘Custos 2017’ [prefiro ‘investimentos’]:

Borja – R$ 34 milhões de reais

Deyverson – R$ 18,7 milhões

Bruno Henrique – R$ 13 milhões

Guerra – R$ 10 milhões

Juninho – R$ 10 milhões

Luan – R$ 10 milhões

Hyoran – R$ 7 milhões

Viega – R$ 4,5 milhões

Keno – R$ 3 milhões

Fabiano – R$ 2 milhões

TOTAL – R$ 112,2 Milhões

A torcida diz que o Palmeiras “rasgou dinheiro” em altos investimentos, “feitos de forma amadora ou com segundas intenções”.

Insisto: foi caro, e tem sido o pior custo-malefício da história palmeirense. Mas quem queria ser campeão da América e tinha dinheiro para investir teria pago o que foi gasto em Borja. Como teria pago o que o São Paulo pagou por Pratto. Porém, o Galo, corretamente, não quis reforçar um concorrente direto pela Libertadores. Por isso vendeu o artilheiro — que também não está bem — para o São Paulo, que não jogou a competição deste ano.

Deyverson também não saiu barato. Veio para suprir o que Borja não está entregando. E para ser o 9 que Cuca deseja. O que não é crime. Mas pode ser encarado como “falta de planejamento”. No sentido que o antecessor gostava de Borja. E Cuca, sabidamente (sabiamente?), não.

Bruno Henrique é caso parecido. Até poderia jogar com Felipe Melo. Se o Ousado ajudasse. Se Cuca contasse com ele. Outro caso de reforço que viria com qualquer treinador. Mas que os problemas criados pelo volante, e a falta de vontade geral, levaram à ruptura prematura e inevitável como polêmica em entrevista dele. Conta pesada a ser debita na aposta cascuda. E que acabou errada.

Guerra tem histórico de lesões. Mas fez história na Libertadores-16 como campeão e melhor jogador da competição. Não saiu caro. E tem compensado o investimento.

Eu teria comprado o Juninho que era zagueiro e pode ser lateral do Coritiba. Mas não o que até agora não está bem e não conseguiu substituir Vítor Hugo que tanta falta faz. E não tinha como segurar mais.

Também teria contratado o Luan que chegou do Vasco e vai se firmar.

Raphael Veiga vale a aposta, apesar do pouco rendimento até agora.

Hyoran ainda não sei. Até pelo pouco que jogou. Tem potencial. Mas para compor o grupo que precisa ser rico em qualidade e quantidade.  Tantos foram os desfalques e desgates pela temporada cheia.

Keno tem dado ótimo retorno pela expectativa menor e pelo custo baixo.

Fabiano fez gols importantes. Históricos. E ponto final.

Vitinho merecia mais chances. Mas já está no Barcelona B. Quem mais pode ser puxado da base? Gabriel Furtado é ainda muito jovem. Vitão é zagueiro promissor. Como Leo Passos e Allan Bastos podem em breve chegar. Mas não agora.

Victor Luís, sim, poderia ter voltado. Mas alguém realmente apostaria tanto nele?

É facílimo criticar agora. Em janeiro, porém, o elenco mais qualificado era o do Palmeiras. Em quantidade e qualidade plenamente justificáveis. E elogiáveis.

Não rolou. Não deverá mais rolar. Deu errado. Mas não parece mal planejado.

É caro. Claro que é. Mas ainda prefiro investir a poupar. Ainda mais com o dinheiro que tem sobrado da receita palmeirense. Nesse bolo pode sair coisa boa. É só não seguir a receita de baixa caloria e gosto zero mustafiosa. A do “péssimo e que sai caro” que ele insiste em dizer que é a tal do “bom e barato”.