JG Falcade: 23 anos desde o dia mais importante do século passado

Cresci lendo e ouvindo amigos dizerem que meu time era o Campeão do Século. Eu tinha seis anos quando o Palmeiras venceu a América pela primeira vez, e só fui sentir esse sabor quando completei 26. Demorou bastante, mas eu sempre usei 99 como exemplo do que meu time era. Do que meu time representa.

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Ainda ontem, quando o calendário trocou de data para dia 16, um amigo contou uma história dizendo que o Palestra Itália, ou Parque Antártica, que hoje é Allianz Parque, mas que sempre terá o codinome lar, abrigou muito mais gente do que poderia. Entrou gente por vias legais, ilegais, imorais, indescritíveis, mas a causa era maior que o bom senso.

Existia um Palmeiras que acabou quando o pênalti de Zapata bateu contra as placas de publicidade do Palestra, e outro que nasceu quando Marcos correu incrédulo que poderia se chamar de Campeão da Libertadores. São momentos que duram milésimos de segundos, mas são vividos e sentidos e reencarnados por toda a eternidade.

Estamos aqui, 23 anos depois, com arrepios pelo corpo enquanto falamos sobre, no meu caso, sobre algo que não vivemos. Eu nem sabia o que era futebol, morava milhas e milhas distante do meu lugar preferido no mundo. E parece que sinto as dores de ansiedade e tensão que os viventes daquele 16/6 contam. Quando falo em reencarnar emoções, é sobre isso. E vocês me entendem, tenho certeza.

O João Gabriel de 2050 vai fazer esse mesmo texto, celebrando a história de 1999 como se tivesse sido ontem, falando do pênalti, da festa, do grito de José Silvério, do revellion na Rua Turiassú, que até de nome já mudou, mas cujo significado segue intacto. O Palmeiras é imune ao tempo. E suas glórias perduram para além da vida humana. É maior que isso.

1999 vive. E sempre viverá.

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