JG Falcade: ‘A chapa é quente e o trono tem dono’

Não pense que vai ser igual. Nunca tratamos princípio como fim. Princípio, aliás, é uma coisa desse comando. Escolher suas lutas, saber quando é só uma batalha e quando decide-se a guerra. Quando a briga é boa, não foge, mas sabe bem armar suas trincheiras e enfiar a faca entre os dentes. Linha de frente é com a gente.

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Gostamos do choque. Nos pertence. Em um século e tanto, ocupamos o trono na força, depusemos sistemas, conluios, rivais, inimigos confessos e detratares disfarçados. A coroa do Maior do país, tomamos na marra. Da América, na cuca. Antes, o mundo, mesmo que tentem censurar. Reis não se calam.

Nossa gente gosta de dias graves. Gosta de assunto sério. Faz suas birrinhas aqui e acolá, mas ameace pisar no calo pra você ver o que é problema. Tá chegando a hora de fecharmos a rodinha, sorrir nem na foto do pré, rachar até pensamento e não abrir mão de qualquer segundo. Não se come salmão sem pescar na marra, na unha. Da última vez, foi tanta obsessão que virou ouro no peito. Dessa vez, o Rei tem de reassumir a ordem.

Agora, não baixe a guarda, o pau vai quebrar. É decisão, decisão, decisão e decisão. Outro dia, foi um torneio de relevâncias estaduais, agora não é mais. É pelo país e também é pela América, mas é pelo orgulho, também. Até sabemos selecionar as lutas, mas temos um ódio mortal da derrota. Somos, no futebol, inimigos íntimos, não vai ter derrota. Olho por olho.

Não precisa ser bonito, não. Não precisa ter seminário de tática, celebração da beleza contemporânea da troca de passes. Clássico é embaçado. Se for meio a zero, vai resolver o problema. E aí, qual vai ser, torcida, time, treinador? Eu sugiro: vamos reunir pra celebrar depois. É a hora de fazer acontecer. Dente por dente. Coroa por cora.

Te segura, tá chegando a hora.
A chapa é quente. E o Rei veste verde.

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