Eles ganharam duas Libertadores em um ano. Se há alguma conquista que abre caminho para a sensação de dever cumprido só poderia ser essa. Essas, no caso. Ainda que já sejam protagonistas eternos da história do Palmeiras, o elenco de Abel Ferreira não parece minimamente disposto a guardar gás. Em férias, entre Natal e Ano Novo, se acumulam casos e imagens de atletas treinando muito forte para a nova temporada.
Eles não teriam essa obrigação, ainda que sempre pinte aquela recomendação de não exagerar, mas a distância entre uma conduta discreta e uma série de treinamentos intensos na areia da praia ou do deserto, na neve ou nas dunas, no campinho do condomínio ou nas ruas da cidade, da academia ao gramado, esses jogadores estão de olhos e esforços voltados para o ano que nem começou.
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O Mundial de Clubes é em fevereiro de 2022, e a reapresentação acontece só no final da primeira semana de janeiro, mas eles querem cortar etapas e chegar pra pré-temporada já preparados para mais história – algo no qual são especialistas em fazer. É impressionante como esses jovens e experientes comungam de um mesmo ideal de vida independente de quanto vençam. Eles querem mais. Viciados na arte. Vidrados na missão. Palmeiras até o última fio de cabelo.
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Espelho de seu treinador, um workaholic que dorme pensando na tarefa seguinte. Que planeja um jogo durante meses, que sonha com a vitória, mas dedica sua vida por ela. Que abre mão de tudo, e quase de todos, por um sucesso. Mais que um método, é uma filosofia de comportamento e uma forma de ver a vida. Tudo isso passado como um legado para seu grupo de jogadores, não os melhores, não os mais caros, mas aqueles que toparam agir e ser assim, como Abel.
Não há como prever o que 2022 reserva ao Palmeiras, que só pode agradecer pelo sonho que viveu em 2021, mas é líquido e certo que eles estarão à toda prova por mais glória. O conceito de eternidade para esses caras é tentar, tentar sempre, tudo o que puderem. E eu não ousaria, jamais, duvidar de um grupo que venceu o que NENHUM OUTRO foi capaz de vencer. Com suas imperfeições e fraquezas, mas com o respeito absoluto pelo P que ostentam no peito.
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