Leila Pereira critica antigas gestões e afirma: ‘Até 2014 jogadores não queriam jogar no Palmeiras’

Presidente do Verdão voltou a tecer críticas sobre a Libra e afirmou querer renovação de Abel Ferreira caso consiga reeleição no clube

Leila Pereira voltou a tecer críticas sobre antigas gestões administrativas do Palmeiras. Em entrevista para a Rádio 360 na tarde deste domingo (16), a presidente do Verdão reclamou das críticas que recebeu após ceder o Allianz Parque ao São Paulo, e destacou que o mancha a imagem do clube é a postura de antigos dirigentes da equipe.  

 – A rivalidade com o São Paulo é dentro de campo, eu tenho um profundo respeito com todos os torcedores, sejam eles palmeirenses ou não (…) Jogamos no Morumbi e o São Paulo jogou no Allianz, já tínhamos combinado que seria assim e não teria problema algum. Houve críticas sim, mas a grande maioria da torcida viu esse ato como um exemplo. O que denigre o Palmeiras não é ceder o estádio, mas sim dirigentes inescrupulosos que rebaixaram nosso clube duas vezes e quase rebaixou uma terceira vez. Dirigentes que não respeitam a finanças do clube. Isso sim é desrespeito. Se depender de mim o São Paulo pode jogar novamente no Allianz Parque. Não podemos fomentar essa violência – disse a presidente.

– O Palmeiras até 2014, as finanças eram uma coisa horrorosa, jogadores não queriam jogar no Palmeiras, era difícil fazer um elenco. Ninguém queria jogar no Palmeiras. Isso que era um desrespeito – concluiu.

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A presidente voltou a tocar no assunto da criação da Libra, a Liga de clubes do Brasil. Para a empresária, a organização precisa ser democrática e não poderá ceder à clubes que busquem mandar no projeto. Leila afirmou que não irá mais tolerar reuniões que não decidam os rumos da liga.

– Não vou mais participar de reunião onde não se decide nada (…) Se for para um ou dois clubes regerem a Libra, prefiro que siga como está: todos submetidos à CBF – disse a Presidente.

Leila Pereira também falou sobre a permanência de Abel Ferreira. O técnico português tem contrato com o Palmeiras até dezembro de 2024, data que marca também o fim do primeiro mandato da presidente. Segundo a cartola, o clube não pensa ainda no futuro, mas tem o interesse de mandar a comissão técnica caso seja reeleita nas urnas no próximo ano.

– Eu não penso muito no futuro. Você fazer o que fazemos hoje, mostra que nosso futuro é muito promissor. Todos nós vamos passar, o que precisamos pensar é no projeto, que esse sim é algo eterno e pode sempre melhorar (…) Mas enquanto eu for presidente, quero manter o maior tempo possível a comissão técnica e os profissionais que trabalham no Palmeiras. Não é só Presidente, ou treinador, somos nós todos, é uma equipe muito grande – afirmou.

– O Abel tem contrato conosco até 2024. É interesse do Palmeiras que ele fique mais tempo conosco, mas ainda não me sentei com ele para negociar as diretrizes de um novo vínculo – finalizou.

Desde que chegou ao clube, em novembro de 2020, a comissão técnica portuguesa soma 200 partidas, com 118 vitórias, 46 empates e somente 36 derrotas. Apenas terceira comissão a atingir a marca de duas dezenas em uma única passagem, o time soma 345 gols marcados e 162 sofridos no período.

Abel ainda ostenta oito conquistas pelo Verdão, sendo o segundo treinador mais vitorioso na história do clube, atrás apenas de Osvaldo Brandão, com dez taças. São dois títulos da Libertadores (2020 e 2021), dois do Campeonato Paulista (2022 e 2023), um do Campeonato Brasileiro (2022), um da Copa do Brasil (2020), um da Recopa Sul-Americana (2022) e um da Supercopa do Brasil (2023).

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