Próxima de completar três meses como presidente do Palmeiras, Leila Pereira viu Olivério Júnior, seu assessor pessoal há sete anos, se retirar do comando da comunicação do clube após semanas de pressão da torcida. Em entrevista ao Estadão, na última terça-feira (8), ela falou sobre o tema pela primeira vez.
O processo de transição no departamento de comunicação começou desde o carnaval e culminou na saída de Olivério na última quinta-feira (3). No clube desde 2017, o jornalista Fernão Ketelhuth assumiu o cargo. Olivério seguirá apenas como assessor pessoal de Leila.
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– Foi decisão do Olivério de sair. Por mim, ele continuaria à frente do departamento de comunicação do Palmeiras. Não me vejo acuada em hipótese alguma com isso. Zero. Não me sinto acuada em nada. Não vou me dobrar à pressão de ninguém. Vou deixar claro que a presidente do Palmeiras sou eu. Todos querem mandar aqui. Não vão – disse a mandatária alviverde.
– É crime isso o que estão fazendo, pedindo a demissão de um colaborador por ele ser torcedor de outro time. Nunca perguntei isso para nenhum de meus colaboradores – completou.
Leila revelou também que rompeu relações com a principal torcida organizada do clube por conta do episódio, requisitando a devolução de R$ 200 mil que ajudaram no transporte de membros da Mancha Alviverde para o Mundial de Clubes, em Abu Dhabi. Ela não irá mais oferecer qualquer tipo de auxílio, nem mesmo no carnaval, como fez em outros anos.
– Sou a mesma do meu primeiro dia, mas a minha percepção é que as pessoas mudaram comigo. Antes de ser presidente, o torcedor me tratava com carinho e paciência. A partir do momento que me tornei presidente, começou uma cobrança sem fundamento. Eles entendiam que a Leila não teria limites (financeiros). Não é assim. A gastança e o descontrole são um absurdo no clube. Estou dando um basta nisso.
Leila Pereira assumiu o Palmeiras em dezembro de 2021. A empresária da Crefisa e da FAM sucedeu Mauricio Galiotte na posição de presidente do clube, após ser patrocinadora e credora desde 2015.
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