Palmeiras e Fluminense se enfrentam neste sábado (26) em partida que marca o encontro entre o líder e vice-líder do Brasileirão. Se os treinadores Abel Ferreira e Fernando Diniz não aplicam filosofias semelhantes em campo, os clubes têm em comum o bom desenvolvimento das categorias de base.
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Duas das canteras mais promissoras e produtivas do Brasil, Fluminense e Palmeiras somam em suas bases conquistas recentes, indo desde campeonatos estaduais até o título do Brasileirão Sub-20 (em 2021 para os cariocas) e da Copinha (em 2022 para o Verdão). As estatísticas são ainda mais infladas quando se leva em consideração o recorte dos últimos cinco anos, nos quais ambas as equipes somam mais de 100 taças nas categorias juvenis.
No entanto, Palmeiras e Fluminense divergem na filosofia implementada em suas respectivas categorias de base. Enquanto o Verdão usufruiu do retorno técnico dos atletas oriundos da Academia de Futebol para somente em 2022 passar a explorar o retorno financeiro, o Tricolor ainda não saboreou grandes taças nas últimas temporadas com os jovens de Xerém, mas movimentou um alto valor de dinheiro assim que teve a chance.
Segundo dados do CIES Football Observatory, empresa especializada em levantamentos sobre jovens talentos do futebol mundial, o clube carioca é o quarto time brasileiro que mais lucrou com a venda de atletas entre 15 e 21 anos de sua base desde julho de 2015, sendo o 30º mais bem ranqueado no mundo. São, ao todo, € 109 milhões – cerca de R$ 627,75 milhões – em mais de 30 jogadores.
No entanto, mesmo com um número alto de vendas, o clube carioca ainda obtém retorno técnico através do uso base nas competições profissionais. No Brasileirão de 2022, a equipe de Fernando Diniz utilizou sete jovens formados em Xerém. Para além dos dados, o time possui o jovem André, de 20 anos, como espinha dorsal na ligação entre o meio-campo com o ataque.
Já o Verdão de Abel Ferreira usou nove jovens da base na metade inicial do certame nacional e ainda não passou nenhuma partida do campeonato sem um Cria da Academia dentro de campo. Em 2021, o clube quebrou recordes de utilização das categorias juvenis no profissional, e somou um total de 24 pratas da casa atuando com a comissão técnica portuguesa, recorde do clube.
Apesar dos números semelhantes de utilização de jovens nesta edição do Brasileirão, a situação do Palmeiras com as categorias de base é oposta ao do rival. Com um projeto recente de fortalecimento da academias de formação, o clube tem exportado poucos atletas para o mercado europeu.
Após a venda de Gabriel Jesus ao Manchester City em 2016, a diretoria alviverde só voltou a fazer grandes vendas de atletas oriundos da base nesta temporada, ao ceder Patrick de Paula e Gabriel Veron ao Botafogo e Porto-POR, respectivamente. O primeiro foi negociado por R$ 33 milhões, enquanto o atacante eleito o melhor jogador sub-17 do mundo em 2019 rendeu € 10 milhões – cerca de R$ 50 milhões.
Com uma safra recheada de grandes talentos revelados dentro do clube, o Palmeiras foi campeão do Paulistão em 2020 e 2022, da Copa do Brasil em 2020, da Libertadores em 2020 e 2021 e da Recopa Sul-Americana em 2022. Em todas as conquistas, a utilização das categorias de base foi um dos principais pilares da equipe.
O Maior Campeão do Brasil é o líder do Brasileiro com 49 pontos e vem de oito partidas sem perder na competição – com dois empates (Fortaleza e Flamengo) e seis vitórias (Cuiabá, América-MG, Internacional, Ceará, Goiás e Corinthians). Em todas as partidas da sequência invicta, ao menos um jogador oriundo das categorias de base entrou em campo.
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