Linguiça de porco: Red Bull Bragantino 1 x 3 Palmeiras

O mundo interligado e conectado tecnologicamente (mas nem sempre com as conexões e ligações orgânicas que realmente importam) é assim: tinha mais palmeirense interessado na entrevista coletiva do treinador português do PAOK grego que na estreia na Copa do Brasil em Bragança.

Sim. Talvez o futuro próximo palmeirense passe pelo que disse Abel Ferreira no pós-jogo da Europa League mais do que os três gols em três ataques perigosos em 27 minutos no Nabi Abi Chedid usualmente aziago. Futuro premente e urgente. Mas que pode acabar, sei lá, em fevereiro. Daí com chance do dileto Ramírez chegar como prometido ao Palmeiras.

Porque não será Felipão ou Luxemburgo ou Pep ou Klopp ou caput! ou Abelão ou Abel ou Caim que trará a solução que nos últimos três jogos de 11 gols marcados (e apenas um sofrido pelo time que vinha sofrível) foi resolvida também pela fragilidade dos rivais.

Não que Cebola e seu time não tenham méritos. Com 4 minutos, uma bela bola do Wesley que joga muito e corre bastante (não confundir com o anterior da vaquinha) deu no rush de Zé Rafael que serviu o pé direito de Raphael Veiga (que pisa mais na área, mas pode construir mais fora dela).

Aos 17, lindo lançamento de Felipe Melo (de volta à função de volante) deu no segundo gol. Mais 10 minutos e Rony serviu Luiz Adriano para ampliar. Apenas mais uma chance teria o Palmeiras com Rony finalizando sem ângulo. Básico: ele chuta quando tem que passar; quando tinha que concluir como na segunda etapa, preferiu um passe errado.

Escolhas infelizes ou discutíveis. Como o retorno de FM à volância. Ele e Zé deram espaço para Hurtado diminuir a vantagem, mas não aumentar as chances do Red Bull Bragantino na volta no Allianz Parque.

O Palmeiras segue favorito. Seguiu vencendo muito bem. Mas os placares seguem melhores do que o desempenho.

Como se fosse reprise de uma sessão da tarde. E já é tarde.