Luiz Felipe Scolari eterno

Tem que ter raiva nessa porra de Palmeiras!!!!

Felipão é tão bom treinador que, quando chegou ao Palmeiras em 1997, coberto de desconfianças, conseguiu treinar a equipe para ganhar quase tudo (incluindo três canecos inéditos até 1999), e ainda treinou a torcida e até a imprensa. Todos caíram na pilha que ele deixou vazar para motivar o elenco que acabou virando história na Libertadores de 2000.

Felipão nunca foi um estrategista. Um treinador tático. Como Brandão, outro gaúcho que faz parte do triunvirato dos maiores técnicos palmeirenses, ele é mais paizão. Paixão.

Mas até os da família podem ser derrubados. Pelos de dentro. Pelas ondas de fora. Pelo mau humor, impaciência e desempenhos agora ruins como os planares.

Felipão caiu antes da hora. Até porque até o início da tarde ele não sairia.

Eu não o teria contratado em julho de 2018. E teria errado. Eu não o teria demitido hoje. E não sei se acertaria.

Sem Felipão, Mano Menezes é o substituto natural para não mudar a ideia de jogo. Mas ele e Mattos precisariam aparar arestas. Dorival Júnior faria um time mais ofensivo. Com a cara do elenco que tem, com a filosofia de jogo que o clube já deu aula.

Gosto demais de Abelão. Mas não sei se é o melhor momento para o clube como está.

Luxemburgo está empregado. E não faria agora essa aposta.

Adoro as ideias de Fernando Diniz. Mas não o traria nesse momento. E ainda não sei se em outro para o Palmeiras.

Tiago Nunes é ótimo nome – também sob contrato. Mas é preciso saber se saberia trabalhar com elenco cascudo. E que precisa de uns cascudos, também. Com responsabilidade.

Ainda vejo espaço para apostas estrangeiras. Tipo Gallardo. Tipo Coudet. Tipo Sampaoli.

Até Gareca.

Mesmo brasileiras como Renato Portaluppi.

Nenhuma pra agora. Todos estão bem contratados. Gallardo só sai do River para a Europa. O projeto de Gareca é longo no Peru. Sampaoli adora Santos e tem contrato. Como Renato tem mais do que contrato no Grêmio.

Eu tentaria como primeira opção Coudet. Mais ofensivo e também vencedor. Para uma mudança de ideia de jogo e filosofia no clube.

No frigir das bolas: o Palmeiras está mas perdido nesta segunda do que esteve no domingo no Maracanã.

Tanto lá quanto cá enfrentou dois rivais gigantes: o Flamengo e o próprio Palmeiras.

Além do imediatismo e falta de paciência.

O time campeão de 2018 com muitos reservas e algumas reservas que não perdeu por 33 jogos foi esquecido completamente. De modo cruel. Canibal. Animal.

Sobrou para Felipão. É mais uma demissão de um clube que, mesmo campeão, não segura treinador. Mesmo vencedor. Mesmo uma bandeira como Felipão.