Luxa muda de ideia e pode testar Dudu mais vezes como meia
Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Uma das grandes mudanças propostas pro Vanderlei Luxemburgo nesta última vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Tigre, pela estreia da Libertadores, foi descolar Dudu da ponta para o meio campo. O camisa 7 teve que atuar como 10 na Argentina, e apesar de não ter feito uma grande partida, deve receber mais chances do chefe na posição.
Luxemburgo iniciou o seu trabalho no Palmeiras refutando a ideia de utilizar Dudu como meia. Após a vitória sobre o Ituano por 4 a 0, na estreia do Paulista, o comandante alviverde disse que Dudu era um jogador de drible e definição. Luxa afirmou ainda que Dudu não possuía características para atuar como um meia.
Porém o clássico diante do Santos chegou e Luxa teve que testar o ídolo da torcida na posição de Lucas Lima e Raphael Veiga. Ambos não conseguiram deslanchar na temporada e abriram brecha para que o ‘baixola’ tomasse a posição que exige criatividade do time.
Ontem, em entrevista coletiva após a vitória na estreia da Copa Libertadores, Luxemburgo admitiu que pode usar Dudu como homem de criação mais uma vez.
"O Dudu por dentro pega muitas vezes na bola e deixa ele mais dentro do jogo. No lado do campo, a bola tem que chegar para ele. No meio, as pessoas buscam ele. Achando ele, é um jogador que preocupa a zaga", disse Luxa.
"Tenho que olhar o Dudu por dentro, tenho o Rony, Veron, Luan (Silva), que está chegando. (…) É uma situação boa, desde que eu tenha dois pontas que façam a volta até o fim. O Rony faz, o Willian não é característica dele, mas vamos encontrar uma solução", finalizou o técnico do Palmeiras.
Apesar de ser o artilheiro deste século no Palmeiras com 70 gols, Dudu construiu a sua linda trajetória no clube também como rei das assistências. O camisa 7 liderou este fundamento nas últimas quatro edições do Brasileiro, e caso consiga se encaixar na nova posição, pode ajudar e muito o Palmeiras.
A dificuldade que se fará presente com Dudu atuando no meio será sobre a participação dos volantes. Tanto no segundo tempo diante do Santos, quanto no duelo diante do Tigre, vimos um espaço bem grande entre a zaga e o ataque alviverde. Luxemburgo precisará de uma maior participação e intensidade dos volantes para que o time consiga ficar compactado mesmo em um 4-2-4.