Mais do menos – Bahia 1 x 1 Palmeiras

De novo, muito pouco

Quando joga mal (e não tem sido poucas vezes em 2020 para uma equipe campeã estadual, com o time e elenco que tem, e o treinador que o dirige…), o Palmeiras tem jogado muito feio. Com uma capacidade peculiar: ele parece dragar o que há de bom no adversário, mesmo quando não tenha muita coisa. Parece que as equipes entram em um vórtex que consome talento e energias dos dois lados.

Fica tudo ruim. Arrastado. Previsível. Chato. Sem emoção. Horizontal. Sonolento. Nem raiva dá. Porque parece que não dá mesmo nada em qualquer ataque das equipes.

O Palmeiras ainda jogou bem no domingo passado contra o Santos, quando o Bahia jogou mal contra o Ceará. Mas depois de uma semana de treinos, as duas equipes pioraram (o que nem os desfalques do negociado Flávio, de Douglas e João Pedro justificam para Roger, e nem as ausências de Veron, Felipe Melo, Viña e Marcos Rocha dão motivos para o time de Luxemburgo jogar tão pouco).

O primeiro tempo teve mais posse de bola dos gandulas e do árbitro que das equipes, de tantos passes errados e de bolas ao chão por causa das trombadas de atletas. Duas chances de gol do Palmeiras e uma do Bahia. Com a imensa boa vontade que às vezes parece faltar às equipes.

O Bahia voltou um pouco melhor no segundo tempo e fez um gol com 1 minuto, bem anulado pelo impedimento de Rossi. Até o VAR estava com delay, por levar 3 minutos para analisar lance claro. O que o Tricolor voltou jogando ao menos com intensidade, logo deixaria de mostrar, como em muitos jogos de 2020. O problema é que o Palmeiras só foi responder depois de muito tempo, quando lembraram a Luxa e Roger que eles tinham cinco mudanças a fazer.

Só aos 22 o Palmeiras mudou. O Bahia, só aos 29. Quando também entraram Scarpa e Zé Rafael, que três minutos depois construíram o gol paulista. O ex-tricolor quase faria belo gol aos 45, quando Anderson evitou o gol feito que seria muito pelo pouco futebol palmeirense. Castigado aos 49 com infeliz e desnecessária saída de Weverton da meta, que deu a Marco Antonio (outro que entrou tardiamente…) o gol de empate de mais um zero a zero com gols: apenas duas chegadas baianas, seis paulistas.

ZÉ RAFAEL. FOTO CÉSAR GRECO

Quase nada. E foi nada mesmo. Mais uma vez.

O Bahia segue sem vencer o Palmeiras em Salvador desde o bi nacional, em 1988. Sem vencer o Palmeiras desde 2012 (sete empates e cinco derrotas). O Palmeiras segue como um dos dois invictos do BR-20. Só perdeu dois jogos em 2020. Mas segue sem convencer até quando vence.