Mais do mesmo: Palmeiras 1 x 0 Corinthians, título encaminhado no Robertão-67

 

Corinthians líder do quadrangular final pelo critério de desempate. Penúltima partida do Robertão-67. Jogo decisivo para o rival que não ganhava nada havia 12 anos e ficaria mais 10 sem títulos. O final usual. Palmeiras 1 x 0 Corinthians. Título encaminhado para a última rodada.

Aymoré Moreira ainda não tinha Valdir recuperado de lesão. Perez vinha bem na meta. Jair Bala seguia lesionado no tornozelo esquerdo. Djalma Dias seguia sem contrato. Tupãzinho renovou o vínculo na quinta-feira. Servílio, na antevéspera do Derby, ainda não havia acertado o dele, mas foi para o jogo mesmo assim, voltando à equipe. Rinaldo sentiu a coxa e quebrou o polegar esquerdo. Tupãzinho voltou ao time na ponta-esquerda, no lugar do excelente pernambucano.

O local do clássico só foi definido na quinta-feira. O São Paulo diminuiu o preço do aluguel e garantiu 80 mil lugares no Morumbi que só seria finalizado em janeiro de 1970, para 150  mil lugares (à época).  As rampas de acesso foram limpas e prontas para o domingo.

Na quinta-feira, o Palmeiras acertou o empréstimo do ponta-direita Dorval. O clube não precisou pagar nada. O Santos devia ainda dinheiro pela contratação de Jair Rosa Pinto, em 1956 (!?).

O Corinthians sentiu demais a ausência do craque Dino Sani, volante substituído por Nair, que mais desarmou do que construiu. Rivellino também não foi bem. Caiu de produção junto com todo o time na segunda etapa, quando o Palmeiras ainda deu menos espaço ao rival. Tales também fez falta como companheiro de Flávio, no ataque.

Mesmo sem ritmo de jogo pela longa ausência sem contrato, Servílio e Tupãzinho retornaram muito bem ao time. O meia, de fato, ainda não assinara. Voltara à equipe por decisão própria. Para jogar contra o clube onde o pai Servílio também foi ídolo. O Palmeiras ficou mais ofensivo com o retorno deles. Só não ganhou por mais de 1 a 0 pela pontaria errada.

Marcial fez boas defesas em lances de Dario e César no primeiro tempo. O Corinthians chegou poucas vezes. O gol da justa vitória saiu aos 11 em lance manjado: Servílio ganhou de cabeça bola longa lançada para ele. Ademir recebeu o passe e tocou para Dario, na ponta-direita. Ele cruzou, Servílio não conseguiu cabecear e a sobra caiu para a bomba de Tupã, da esquerda. No meio do caminho, César desviou o chute e abriu o placar.

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O Palmeiras então esperou o Corinthians que, mais uma vez, não foi.

Ademir da Guia, César, Baldochi e Servílio foram os melhores do Palmeiras no Morumbi. Minuca fazia boa partida até ser substituído por lesão por Osmar, aos 30 do segundo tempo.

Com a vitória no Derby visto por 39 mil pagantes, e o empate sem gols no Gre-Nal, o Palmeiras dependia de um empate na última rodada no Pacaembu contra o já eliminado Grêmio. Inter x Corinthians jogariam em Porto Alegre um dia antes. Para ganhar o Robertão, eles tinham apenas duas combinado de resultados: vencer o clássico h e torcer pelo Grêmio para derrotar o Palmeiras em São Paulo. Até a derrota do Verdão ainda daria título, desde que houvesse empate

no Sul.