Mais equilíbrio e análise na era do “é campeão” na quinta rodada

Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação

Há cerca de um mês, o Palmeiras de Scolari sofria uma emboscada por parte sua "torcida" e o trabalho do atual campeão brasileiro vivia a sua primeira grande crise desde à sua volta em agosto de 2018.

Felipão era muito questionado tanto pela imprensa quanto por boa parte da torcida palmeirense. Onde já se viu, um time cheio de estrelas, que se reforçou ainda mais para a temporada, ser eliminado no Estadual pelo seu rival recheado de garotos?

A resposta se chama futebol.

É claro que as críticas naquela época eram justas. O time do Palmeiras praticamente inexistiu no Paulista, pra felicidade de sua diretoria, que boicotou a competição desde o início, logo nem poderia cobrar algo diferente dos seus comandados.

A parada entre a eliminação do Paulista e o início do Brasileirão foi essencial. E o alviverde demonstrou uma evolução absurda dentro de campo nesse último mês.

A zaga que já era forte, ganhou a companhia de um meio-campo intenso e um ataque fulminante, que enfim acertou o pé.

O pipoqueiro que some em clássicos voltou a ser craque e carregou o time na melhor apresentação do clube em 2019, justamente em um clássico.

Do mesmo jeito que o ano não havia acabado em abril, o Palmeiras não ganhou absolutamente nada em maio.

Que o time é um dos favoritos para conquistar o bi brasileiro é óbvio. Pelos números e consistência de um time que não perde há 28 jogos na competição fica até difícil não assumir a força palmeirense no certame.

A Copa América vem aí, o forte time de Scolari ainda ganhará os retornos de Willian Bigode e Goulart, mas muita água ainda vai rolar de baixo dessa ponte.

Precisamos de mais equilíbrio.

Em tudo.

A soberba e o poder financeiro do clube não vão eliminar o Godoy Cruz. Assim como não eliminaram o Barcelona de Guayaquil em 2017.

Favoritismo se prova com trabalho.

Assim como as bolhas das redes sociais não representam em nada o que toda torcida do clube pensa, a opinião forçada e muitas vezes estratégica, de alguns colegas na quinta rodada do Brasileirão, também não pode fazer sentido.

Nenhum time no mundo é campeão na quinta rodada. Nem na décima, muito menos na décima quinta.

Calma.