Mais show que reality
Parece que já começaram as inscrições. No domingo já deram uma espiadinha no Derby. Foi com a instrução do Felipão pro Weverton. E também seria se fosse do Carille pro Cássio. Não é porque foi com o meu time. É porque é com a nossa profissão. Discordaria do tira-teima de bilhete também se fosse na transmissão da TNT, Jovem Pan e UOL onde trabalho. Como discordo quando ouvimos instruções no vôlei e no basquete. Deploro leitura labial que leva atletas, técnicos e até árbitros a botarem as mãos na boca quando falam em campo. Estamos banalizando a intimidade e o sigilo como BBBs e afins bundalizaram a mídia nessa fazenda de amimais enjaulados em 4K. Não vou ficar quieto como pedi pro meu companheiro ouvir a voz de um estádio que reclamava da concorrente também por isso. A culpa não é da Globo. É dos jornalistas. Não é crime bisbilhotar bilhete. Mas os limites das fofocas e intromissões no trabalho e na vida das pessoas também levam a esse estado deplorável de “CHORE! VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO”. Só vou aceitar totalmente a análise de bilhetes nos melhores momentos de uma transmissão de clássico quando começarmos a transmitir ao vivo as reuniões de pauta de nossos telejornais. E as conversas de nossos chefes com os departamentos comercias e com os donos de nossas empresas.