Mas o Palmeiras…

Não tem como contestar a campanha em 2018 do time campeão com uma rodada de antecipação, maior série invicta desde 2003 (22 jogos), desde 1959 o único vencedor com 14 partidas com equipes alternativas (10 vitórias), melhor ataque, melhor defesa, melhor visitante, melhor mandante.
Então se tenta falar do Felipão antiquado, da Crefisa, da “consolação”, do Benedetto, do Boca, do Bolsonaro, do grupo rico e “obrigado” a ser campeão, das estrelas que não vão se bicar, dos shows e do gramado do Allianz, da celebração do título pelos cartolas, patrocinadores, atletas, jornalistas e torcedores, da qualidade do jogo (mesmo com reservas em 14 jogos), do 7 a 1 em 2014, e outros 171 motivos 171 para diminuir o tamanha da conquista.
Como não conseguem nem assim, vão falar que em 2016 era só dinheiro da Crefisa e do Paulo Nobre. Em 1993 e 1994 era só a Via Láctea da Parmalat. 1972-73 era só a Segunda Academia. Em 1969 só era fax. Os dois títulos nacionais em 1967 “são piada” (e são mesmo e só nos a entendemos e há 51 anos rimos). 1960 foram só 4 jogos (e foram mesmo, mas só jogou a Taça Brasil o campeão paulista, aliás, “supercampeão” de 1959, na melhor de três contra o Santos de Pelé). De fato era “fácil” jogar contra esses caras que seriam tricampeões do mundo na Era de Ouro da Taça Brasil e Robertão.
Então vão falar que os fatos e feitos são por fax. Que têm asteriscos no deca como coloca o LANCE! que acha que ele pode definir quem é campeão brasileiro, não a CBF – que é tudo aquilo que sabemos e achamos. Mas não podemos nos achar mais do que ela. Ela é a dona da bola e das boladas. Ela define. A gente discute. Mas acata. E quem não entende não precisa se catar. Apenas aceitar. E estudar.
Mais que tudo, fazer como os que riam da volta de Felipão ou debochavam dele e do Palmeiras que nem Felipão e nem o Palmeiras sabiam se daria certo.
Até porque ninguém sabe o que vai acontecer. Mas se estudar o passado, vai poder entender melhor o presente que será ter um futuro.
Só vive de passado quem tem história. E quem tem mais no Brasil tem dez.