Mauro Beting: ‘A superdecisão’
O Santos de Pelé e do ex-ídolo palmeirense Jair era favorito para ser bicampeão paulista em 1959. Mas o Supercampeão estadual na melhor de três foi o futuro decacampeão brasileiro em 2018, no Pacaembu.
O Santos de Robinho, Ricardo Oliveira e Lucas Lina era favorito no SP-15. E ganhou nos pênaltis, na Vila.
O Santos de Gabriel Barbosa e Ricardo Oliveira era favorito para ser bicampeão da Copa do Brasil em 2015. Mas o vencedor nos pênaltis foi o tricampeão pelos pés e mãos de Prass, no Allianz Parque.
Foram apenas três títulos decididos entre os maiores campeões do país mais vezes campeão mundial. Os maiores vencedores da Era de Ouro (1958 a 1970) do futebol brasileiro. Muito pouco para tantos títulos.
Santos do Rei Pelé e Palmeiras do Divino Ademir. A real divindade de todos os tempos e templos.
Finalistas “improváveis” da Libertadores de 2020 no Maracanã onde o Palmeiras ganhou a Copa Rio-51. Onde o Santos começou a ser bi da Libertadores em 1963 e campeão do mundo em 1962, onde daria a volta olímpica bi mundial em 1963.
Mas é “inesperada” tanta história fazer ainda mais história?
Não tenho moral pra falar. Achava que a final de 2020 seria River Plate (melhor time da década na Libertadores) x Boca Juniors (maior campeão do século no torneio). Será Palmeiras x Santos. Jamais o Clássico da Saudade. Sempre um um clássico do futuro das crias da Academia x os meninos da Vila.
De todas as idades.
De todas as eras do futebol.
Neste sábado sai o campeão rumo à “glória eterna” da Conmebol.
Que todos nos ouçam: no Maracanã vão entrar dois multicampeões que de tanto conquistarem a glória já sabem o que é eternidade.
É só mais um jogo.
Mas que ninguém nos ouça: que jogo!