Mauro Beting: Dérbi d’água – Corinthians 2 x 2 Palmeiras

O Corinthians foi buscar um ponto que parecia perdido quando Rony fez mais um gol de cabeça no Dérbi, aos 7 do segundo tempo. O terceiro em sequência palmeirense desde domingo, com mais uma assistência de Veiga. No lance em que Róger Guedes subiu para baixo, e Gil mais uma vez deixou o atacante-zagueiro palmeirense dar suas cambalhotas de celebração de gol E dar suas piruetas como exemplo vivíssimo desse Palmeiras duro de ser batido. Fácil de ser combatido por quem não gosta dele.

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O mesmo Gil se redimiu das duas vezes que foi vazado por Rony e empatou o ótimo Dérbi, aos 32, descolando-se de Jailson, e superando Weverton (de quatro grandes defesas na Neo Química Arena). Fazendo justiça às 10 chances do corintianíssimo Corinthians de Itaquera. Bem diferente do anódino time que não joga longe da Neo Química Arena.

Algo que também o difere do atual campeão paulista e brasileiro. Os abelhudos palmeirenses são fortes no Allianz ou como visitantes. Também tiveram 10 chances de gol no melhor jogo do SP-23. Palmeiras com variações táticas e alternativas técnicas competitivas. Mesmo quando Abel se excede nas escolhas.

Se foi bem o treinador ao inverter Rony como centroavante e Endrick (em sua melhor partida) como ponta, pouco antes do empate de Rony (aos 42 minutos), Abel foi infeliz ao apostar pela enésima vez em Atuesta no lugar de Veiga (logo depois do empate de Gil). Foi mal também em optar por Breno Lopes antes de Giovani na segunda etapa em que o Palmeiras parecia mais próxima da virada que desde 2011 não consegue no Dérbi. Quando em 12 clássicos recentes só uma vez deu Corinthians.

Time promissor de Lázaro que teve um início idêntico em Itaquera. Aproveitou saída errada de Piquerez para Renato Augusto achar Róger Guedes para marcar bonito o primeiro gol, aos 8 minutos. O quarto de RG no rival (a maior vítima dele). Lance às costas de Marcos Rocha, o lateral que alargava o campo para Piquerez começar o jogo na linha de três defensiva. Lado que mudaria no recomeço do jogo, quando o uruguaio deu amplitude pelo outro lado para um Palmeiras que estava melhor.

Como ele é hoje em relação ao Corinthians. Mas que ainda assim não foi suficiente em mais um clássico que iguala os desiguais. Também pela chuva braba que empoçou o primeiro tempo, favorecendo quem melhor conhece o campo. E que já estava com o placar a favor.

O placar final mostra evolução que o Corinthians precisa perseguir longe de Itaquera. E a maturidade palmeirense em qualquer campo. Com qualquer condição dele.

BOTA-TEIMA – Na cabine da TNT Sports em Itaquera, vi a bola que bateu na mão de Fábio Santos depois da cabeçada de Gómez.

Lance discutível. Toda opinião válida e respeitável. Menos a que não aceita debate e afirma que “nunca que isso é pênalti” ou crava que isso é “pênalti indiscutível”.

Para mim, pela proximidade do cabeceio do palmeirense, pela velocidade da bola, pelo braço de Fábio estar em movimento natural e sem a intenção de ampliar a área corporal, e também próximo ao corpo do corintiano, eu não teria marcado pênalti. Como, para mim, acertou Raphael Claus na interpretação.

Como, para mim, ainda erram demais muitos árbitros brasileiros que costumam marcar pênaltis assim.

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