Mauro Beting: ‘Libertador do América: 2 x 1 Palmeiras’

O América finalizou 27 vezes, criou 9 chances, ficou com a bola 61% do tempo contra o campeão da América. Mais uma vez finalista. Mas, desta vez, dando a impressão real de não saber como.

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Como Veron não sabia o que fazer com a bola depois de entrar em campo (apenas aos 34 minutos…) e perder gol feito e feio, aos 39 finais. Como Wesley logo depois tentou fazer lindo um gol que Cavichioli muito bem defendeu, aos 41. Gols perdidos impressionantes. Mas menos “inacreditáveis” do que aquele perdido logo depois por Ribamar, aos 49.

Pouco depois de Ademir enfim marcar de pênalti para o América, aos 47. Coelho que desperdiçara uma cobrança na derrota no turno em grande defesa de Jailson. Mandara no começo do segundo tempo com Felipe Azevedo outro pênalti no travessão. Até o gol da virada. Iniciada no belo gol de Patric (autor do segundo gol do Allianz Parque, pelo Sport, na inauguração, em 2014).

Época em que o Palmeiras tinha o pior time que vi. Só passado. Mais esperança do que futuro. E tudo virou para continuar sendo Palmeiras. O campeão do Século XX. O maior vencedor de títulos nacionais.

O jogo vira. E só assim para ainda crer na Libertadores contra o poderoso Flamengo.

O palmeirense deve discutir um cartão vermelho que faltou para Eduardo Bauermann quando estava 1 a 0. Pode discutir uma provável mão na bola antes do empate americano. Tem até como debater os dois pênaltis – que eu marcaria. Mas o alviverde tem mais reclamações a fazer. E não só com a arbitragem. E não só com a direção do clube. E não só com as ideias Abel que nem sempre dão certo – o que é diferente de não as entender e/ou de não gostar delas.

Tem muita gente em campo e no banco que precisa lembrar que foram eles mesmos os campeões da América e da Copa do Brasil. São eles que são finalistas da Libertadores.

Não somos nós, os corneteiros. E nem todos os vizinhos do Abel.

Mas fica difícil imaginar que esse time revire mais um jogo isolando tanto o seu solitário Roni. Com tão pouca gente chegando à frente mesmo com alas pretensamente soltos. Com Veiga e Dudu mais uma vez jogando pouco. Com os homens de meio distantes. Com quase todo mundo jogando menos.

E com Gabriel Menino parecendo não ter voltado de Avellaneda.

Ainda acredito muito. No time e em Abel. Não apenas por dever de ofício de lembrar que futebol aceite e acata tudo. Mas por prazer palestrino de não acreditar quando tudo parece inacreditável.

Incrível é não crer no Palmeiras. É verde para crer.

Mais por isso eu creio na Libertadores. Muito mais do que por aquilo que estamos jogando.

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