Mauro Beting: ‘O sono dos justos’
O meu Babbo sempre falou da Copa Rio. Da importância dela. Da apendicite que teve ouvindo pelo rádio de um caminhão em Tambaú o empate contra o Vasco na semi. Era o maior Rio do mundo no Maracanã. Mas era história. Não estória para burro zurrar.
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Na madrugada de 1999 o babbo palestrino e italiano de meu amigo do cuore morreu do coração alviverde horas antes da final contra o Manchester. Era um sentimento de perda antes da derrota injusta.
Em 2020 não teve final. Nem tinha como. E não teria como conta o Bayern. Ainda era ressaca do Maraca.
Agora, depois do Centenário, o que vier é lucro. Não tem débito para quem tem crédito. Não é ser incrédulo. É estar com os pés no chão. Cabeça fria. Coração quente. Intestino solto. Cotovelite (dos outros). Insônia toda nossa.
Dormi bem. Mas não sonhei. Nunca sonho. Ou não lembro mesmo tendo boa memória. O melhor sonho é o vivido. Ou melhor mesmo é nem sonhar pra poder delirar. Ou você achava que daria antes de Abel em 2020? Durante o River que quase transbordou. O Galo. O Flamengo.
E deu de novo. E de velho, mais ainda. Não é sonho. Estamos aqui. Milhões, também.
Ou você acha que o Weverton menino no Acre sonhou tudo que conquistou? Marcos Rocha que é tri como a gente imaginou tudo isso em Sete Lagoas? Gómez que sairia de San Juan Bautista para ser capitão é maior campeão no Brasil? O capixaba Luan honraria a Vitória natal com tantas conquistas em nome do Pai da Bola Fiúme, do Filho Ademir do Divino Domingos, e do Espírito de São Marcos? Piquerez sairia de Montevidéu para voltar conquistador da América?
Scarpa em Hortolândia delirava conhecer Abu Dhabi para conquistar o mundo? Danilo viria de Salvador como o nosso zagueiro da Copa Rio para jogar o tanto que joga? Zé Rafael imaginava em Ponta Grossa jogar dois Mundiais? Raphael Veiga que sairia da arquibancada do Palestra para fazer o que faz pelo coração da família verde?
Dudu que daria tantos chapéus desde Goiânia? Rony sairia de Magalhães Barata, no Pará, para virar a vida como ele virou aquele bola pro Breno Lopes? No Rio do Deyverson. No choro de todo palmeirense no Maracanã. No Maracanazo de Montevidéu.
No que será nos Emirados Árabes Unidos como o alviverde inteiro.
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