Médico do Palmeiras nega quebra de protocolo: ‘Cumprimos à risca’

(Foto: Cesar Greco / Divulgação / SE Palmeiras)

O médico do Palmeiras, Pedro Pontin, rebateu as acusações corintianas de que o Palmeiras não estaria cumprindo o protocolo de prevenção à Covid-19, estabelecido pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O profissional falou sobre o caso em entrevista ao repórter André Hernan, do GloboEsporte.com, na noite desta segunda-feira (2).

Após se recusar a realizar testes do novo coronavírus antes da partida de quarta-feira (5), o Corinthians afirmou, em nota oficial, que "cumpriu o confinamento de seus atletas e comissão técnica, seguindo à risca o acordo, diferentemente da Sociedade Esportiva Palmeiras que descumpriu e liberou seus atletas depois de cada partida, o que nunca foi permitido."

De acordo com o médico oficial alviverde, as alegações do rival não procedem. Segundo Pontin, o confinamento é exigido apenas no período anterior a uma partida:

“A recomendação da CBF é que, no período pré jogo, em que as testagens são feitas, haja a concentração. Então, o Palmeiras optou por se concentrar (apenas) antes dos jogos e, antes das concentrações, fazíamos as testagens. Foram quase 17 rodadas de testes nos últimos 45 dias. Todos os atletas que ficaram durante o período da concentração foram testados antes, pra diminuirmos esse risco.”

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Pedro Pontin atendendo Matías Viña durante o Dérbi que marcou o retorno do futebol em São Paulo – Foto: Cesar Greco / SE Palmeiras / Divulgação

A justificativa que o Verdão dá para não manter o elenco confinado durante 100% do tempo são as dificuldades estruturais para abrigar tantas pessoas em um só lugar por um prazo prolongado:

“A gente sabe da dificuldade que é você concentrar as pessoas da cozinha, rouparia, seguranças, etc… É dificil ter uma estrutura que contemple 100, 150 pessoas que orbitam o dia a dia do futebol. Aqui, por melhor que seja a estrutura, entendemos que esse período (de confinamento) pode ser mais curto, (apenas) antes dos jogos. Então, pra ter essa segurança maior, optamos por testar sempre que há as concentrações.”

Para cumprir o protocolo, o Palmeiras faz testes periodicamente e, caso detecte alguém infectado, a pessoa é imediatamente afastada. Isso evita que um possível contaminado entre em contato com jogadores ou funcionários. Assim, a disseminação do vírus dentro do clube é inibida, mesmo sem um confinamento permanente:

“Isso foi até uma das recomendações da Federação para aqueles que, eventualmente, optassem por liberar seus atletas: Que conseguissem fazer as testagens. Obviamente, cumprimos isso à risca e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Reforço: não tivemos nenhum caso positivo depois que essa estratégia começou.”

A bola rolará na partida de ida da final do Paulistão 2020 apenas às 21h30 desta quarta-feira, mas o Dérbi já começou fora dos gramados.