Mundo alternativo: Palmeiras 0 x 1 São Caetano

Em 99 jogos no Allianz Parque, talvez apenas Wesley, o Deus da Raça, tenha sido mais vaiado, ou pior, xingado nas duas partidas em que foi titular no Palmeiras, em 2014. Só não foi mais cobrado porque o primeiro jogo era o da inauguração da arena. O segundo era a partida da manutenção daquele time pavoroso na Série A.

Fabiano tem todo o esforço que faltou nos meses finais de Wesley (que parecia Lucas Lima nos últimos seis na Vila. Só que sem a bola do camisa 20 verde em 2018. Ou com a mesma bolinha de Wesley no Morumbi até 2017). Fabiano tem o gol do enea em 2016. Teve o gol emocionante da vitória na Libertadores-17 contra o Peñarol no Allianz Parque.

Mas tem uma série de erros como o do gol de Chiquinho, aos 8. O primeiro dele em mais de três anos. Fabiano também teve um sem-pulo que nem Djalma Santos, Eurico, Rosemiro, Cafu E arce teriam coragem e capacidade de acertar, aos 36. E ele jogou a bola longe demais. Como ainda segue o Palmeiras, mesmo líder absoluto do SP-18 (ainda que há 4 jogos sem vitória). Mesmo que tenha começado muito bem a Libertadores.

Melhor sorte não merecia o misto frio do primeiro tempo. O Azulão mais arrumadinho de Pintado fez por merecer a vantagem inicial. Roger manteve o 4-1-4-1, com Luan e Juninho sofrendo no miolo da zaga, Michel Bastos mais uma vez mal na esquerda, e só Prass para segurar as pontas.

Thiago Santos era o cabeça de área que deu sustentação à pálida partida dos volantes Bruno Henrique e Tchê Tchê. Scarpa mais uma vez produziu pouco, Keno ainda menos, e Guerra não se soltou como falso 9.

No intervalo, diferentemente do que se esperava e/ou se queria, Moisés seguiu no banco e, Fabiano, no campo. Menos vaiado e visado. Mas ainda mal. Roger mexeu tudo do meio pra frente. Sacou Tchê Tchê e trocou o 4-1-4-1 pelo 4-2-3-1. Thiago Santos emparceirou com o recuado Bruno Henrique como volantes. Keno e Scarpa trocaram de lado. Guerra voltou a ser meia-atacante. Willian foi comandar o ataque. O Palmeiras melhorou. E ficou mais forte ainda aos 14, quando, com 59 minutos de atraso, Moisés substituiu BH.

Faltou acertar o pé. Time criou sete chances na segunda etapa. Até com Papagaio. Mas foi pouco. Quase nada. Como ainda falta muito para Scarpa que precisa do ritmo que ainda falta a Moisés. Como ainda faltam mais coisas ao Palmeiras em 2018. Como Edu Dracena na zaga.