Na base da humildade e do trabalho duro, Abel Ferreira completa três meses de glória no Palmeiras

Português entrou para a história do clube ao conquistar a Libertadores e igualar feito do amigo Luiz Felipe Scolari

Foi em um feriado de 2 de novembro, às 6 da manhã, que Abel Ferreira desembarcou no terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, para iniciar a sua trajetória no futebol brasileiro. A passagem do treinador pelo Palestra Itália nestes três primeiros meses foi tão intensa, que parece que ele já está há muito mais tempo por aqui.

Com a promessa de que não veio para o Brasil a passeio, o português já começou a cair nas graças da torcida logo em sua apresentação. Reunir todos os funcionários do clube foi o cartão de visitas perfeito para um ser humano que exalta tanto o poder da força coletiva e da gestão de um grupo com mais de 50 pessoas envolvidas.

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Cada entrevista coletiva recheada de serenidade após os jogos somada ao bom futebol apresentado pelo time nos seus primeiros dez jogos, tudo fazia com que a torcida começasse a acreditar que seria possível alcançar a Glória Eterna ao final da temporada.

Mesmo sem tempo para treinar e muito menos tentar dar uma nova cara tática ao time, Abel foi essencial para recuperar jogadores, saber utilizá-los de uma maneira mais efetiva, e acima de tudo, defender os seus atletas nos momentos mais críticos. Basta lembrar como ele lidou com a saída do volante Ramires. E como foi humilde em aceitar as suas derrotas.

RELEMBRE COMO FOI A CHEGADA DE ABEL NO BRASIL!

Se Abel é melhor dando entrevista do que no campo, ainda não é possível dizer. Até porque ele não teve tempo de tentar implementar um estilo próprio de jogo. Não é justo avaliá-lo de forma conclusiva pelo curto espaço de tempo.

Porém, com apenas 42 anos, e com uma humildade de se admirar, ele mostra uma humanidade que anda tanto em falta no nosso futebol. Abel é cada vez mais necessário não só para o Palmeiras, como também para todo o meio. Um homem que não tem vergonha de falar de suas fragilidades e se mostrar vulnerável, como o choro de saudades de sua família, e o medo de morrer quando pegou Covid-19.

Esse papo de ‘todos somos um só’, ‘a estrela do nosso time é a equipa’, pode até parecer clichê, mas em um cenário de tanto ego e soberba, é algo a ser cada vez mais exaltado.

Veja os números do Palmeiras nos três meses da Era Abel Ferreira:

26 jogos

15 vitórias

5 derrotas

5 empates

65.3% aproveitamento

45 gols pró

18 gols sofridos

62 grandes chances

29 grandes chances cedidas

5.8 chutes p/ marcar gol

13.1 chutes p/ sofrer gol

*Números via SofaScore

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