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Na última visita à Bolívia, Palmeiras sofreu com altitude e demitiu técnico após derrota

Partida contra Jorge Wilstermann teve falhas na defesa, pênalti, gol contra, cinco bolas na rede e derrota alviverde que culminou em queda de treinador

Eduardo Baptista não resistiu à pressão após perder em Cochabamba (Foto: Divulgação/Palmeiras)
Eduardo Baptista não resistiu à pressão após perder em Cochabamba (Foto: Divulgação/Palmeiras)

O Palmeiras está de volta à Bolívia pela Libertadores da América. O duelo da vez será contra o Bolívar, no estádio Hernando Siles, na altitude de 3.640 metros de La Paz, às 21h30 desta quarta-feira (16).

Na última vez que o Alviverde esteve em solo boliviano, os acontecimentos não deixaram muitas saudades do país. O episódio foi em maio de 2017, há pouco mais de três anos, quando o Palmeiras teve a missão de encarar o Jorge Wilstermann, em Cochabamba, a 2.574 metros de altitude. A partida era válida pela penúltima rodada da fase de grupos da competição mais importante do continente.

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A trajetória do Palmeiras na Libertadores daquele ano, até então, era marcada por fortes emoções. Para quem vê apenas números, a campanha da fase de grupos foi excelente: venceu quatro jogos (três como mandante e um como visitante), empatou uma partida e, a única que perdeu, disputou na altitude da Bolívia. Ao todo, o aproveitamento foi de 72%.

No entanto, o contexto dos jogos foi tão conturbado que, mesmo com tal retrospecto, somente a derrota contra o Wilstermann foi suficiente para derrubar o técnico Eduardo Baptista. Das três vitórias que haviam acontecido até o jogo de Cochabamba, duas foram decididas nos acréscimos do segundo tempo (ambas no Allianz Parque, contra Peñarol e o próprio time boliviano) e a outra aconteceu no episódio que ficou marcado como ‘Batalha de Montevidéu’, uma semana antes.

Relembre como foi a derrota do Palmeiras na altitude de Cochabamba

Em 3 de maio de 2017, o Palmeiras entrava em campo contra o Jorge Wilstermann para carimbar a classificação às oitavas de final da Libertadores. Apenas um empate bastava para avançar, no entanto, a altitude do estádio Félix Capriles poderia ser uma pedra no sapato para o objetivo alviverde.

Como de praxe na campanha do Verdão naquele ano, o jogo foi marcado por altos e baixos. Aos 35 minutos do primeiro tempo, após um bom começo dos comandados de Eduardo Baptista, Vitor Hugo falhou em afastar um cruzamento vindo do lado esquerdo e Morales, sozinho, puniu o deslize com um cabeceio firme para o fundo da rede de Prass.

Confusão na área: quem sobe? (Foto: Divulgação/Palmeiras)

As emoções não pararam por aí. Quatro minutos depois, Christian Machado, também livre, do meio da rua, acertou um petardo no ângulo direito da meta alviverde. 2 a 0 para os adversários em apenas 40 minutos, um roteiro semelhante ao que ocorreu contra o Peñarol, no Uruguai, na semana anterior.

Contudo, diferentemente da Batalha de Montevidéu, em que o Palmeiras foi zerado para o intervalo, desta vez a equipe brasileira conseguiu diminuir o placar ainda no primeiro tempo: em batida de falta, Dudu encontrou Mina, que desviou para Guerra, livre na área, acertar um belo chute e abrir o marcador do lado verde.

Guerra foi o único palmeirense a fazer gol na derrota de Cochabamba (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Quem esperava um segundo tempo promissor do Verdão sofreu um balde de água fria quando Prass, aos 21 minutos, cometeu pênalti bobo e o Jorge Wilstermann abriu 3 a 1. Logo em seguida, seis minutos depois, Keno fez bela jogada individual, cruzou na área e Cabezas cabeceou contra a própria meta e balançou a rede, colocando o Palmeiras de volta no jogo ao encurtar a distância para um 3 a 2. Entretanto, desta vez o Alviverde não conseguiu se superar, como vinha fazendo, e saiu com a derrota.

Eduardo Baptista, que havia ‘estourado’ na entrevista coletiva após a vitória na Batalha de Montevidéu, sete dias antes deste tropeço, não resistiu à mais uma turbulência e foi demitido depois do desembarque em São Paulo. Ele deixou o cargo com 66% de aproveitamento (23j, 14v, 4e, 5d).

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