Não quero ganhar jogo no tapetão, quero evitar que se jogue debaixo do tapete
O Palmeiras não quer ser campeão no tapetão. Só não quer jogar para baixo do tapete um erro que precisa ser julgado. Não para dar um título ao clube. Mas para resgatar a credibilidade no Paulistão.
Como torcedor não torço para ser campeão assim. Como cidadão torço pelo que é certo.
Eu ainda não marcaria pênalti na discutível dividida entre Ralf e Dudu. Mas desde segunda-feira falava na Jovem Pan (e muitos palmeirenses não ouviram) e escrevia em O NOSSO PALESTRA e no UOL (e muitos leram e não entenderam) que era PROVÁVEL a interferência externa de gente indevida junto ao quinteto de arbitragem, pelas imagens do nosso Rodrigo Fragoso.
Erro de procedimento admitido pelo próprio árbitro Marcelo Aparecido em conversa comigo no ESPORTE INTERATIVO, segunda à tarde, intermediada pelo nosso Alex Muller.
Era PROVÁVEL a interferência externa. Mas não havia a prova.
O vídeo apresentado pela TV PALMEIRAS não prova o que foi possivelmente falado ao lado do gramado depois do pênalti marcado. Mas mostra o presidente da comissão de arbitragem ao lado do campo logo depois da infração que eu não marcaria.
Era proibida a presença dele. E ainda mais indevida a ação dele de chegar próximo ao bandeirinha.
Isso ainda não prova nada. Mas precisa ser levado ao TJD.
Em nome do respeito à FPF, clubes, futebol e credibilidade do jogo.
Ainda acho que não foi pênalti – e o Corinthians, na minha interpretação, seria prejudicado. Mas tenho certeza que muito pior foi corrigir um erro com outro pior – proibido pela regra do jogo. Quando todos os clubes, cartolas, profissionais, torcedores e consumidores são lesados.
Não é em defesa do Palmeiras ou ataque ao campeão de 2018. É em nome do futebol.
Não é mimimi em defesa do meu time. É alerta em defesa do espetáculo de todos nós.
O Palmeiras não pode perder o foco e o fogo na Libertadores e BR-18. Mas o futebol não pode perder a chance de ser mais transparente.
Não é questão de anular o jogo. É discutir a transparência do esporte. É muito maior do que o Derby e a final do SP-18. É para evitar o fim da picada que já se viu no Fla-Flu em 2016, em Chapecoense e Palmeiras em 2015, e em Inter x Palmeiras em 2012.