Nos últimos três jogos, explico porque Lucas Lima só mereceu substituição contra o Botafogo
Embora muitos enxerguem uma queda de rendimento do meia Lucas Lima nas últimas partidas, ele tem cumprido com o que se espera dele. Porém, contra o Botafogo a queda de rendimento foi brusca, visível e comprovada. A substituição no intervalo de jogo foi merecida.
Durante os 45 minutos em que esteve em campo, o meio-campista não conseguiu dar sequer uma assistência para finalização. Quem pôde acompanhar o jogo certamente sentiu falta de um jogador entre a primeira e a segunda linha do Botafogo em momentos nos quais o time tentava criar um lance pelo meio. O problema estava no posicionamento de Lucas Lima, pois ele se juntava aos três atacantes em uma linha de frente e ninguém aparecia no meio.
Partindo do princípio de que Lucas Lima estava entre os três atacantes, Felipe Melo e Bruno Henrique se adiantaram e trocaram passes com Marcos Rocha e Diogo Barbosa, que estavam alinhados com os volantes, sem grande possibilidade de quebrar as linhas do Botafogo com uma movimentação mais aguda. Nenhum dos quatro poderia subir, afinal deixariam muito espaço em caso de perda da posse de bola.
Antes desses dois últimos jogos, Lucas Lima deu sete assistências para finalização. Quatro contra o Corinthians e três contra o Boca Juniors. Faltou a bola entrar? Sim, mas isso não depende do meia. A parte dele estava sendo feita, algo que estava longe de acontecer contra o Botafogo. Guerra deu a assistência para finalização do gol de Keno contra o Boca e balançou as redes diante do Botafogo, além de se movimentar mais do que Lucas entre as linhas, mas isso não justifica uma troca imediata de titularidade.
Contra o Botafogo, a substituição ganhou justificativa técnica e tática, mas o rendimento de Guerra não necessariamente foi tão melhor, apesar de ter marcado o gol do Palmeiras na partida. Ambos podem mais do que apresentaram no Rio de Janeiro.