NP na Copa | Praga de palmeirense pega e de brasileiro também
Times e jogadores que entraram no caminho do Verdão e da Seleção tiveram destinos frustrantes em seguida
Em apenas um dia, os dois últimos algozes da Seleção Brasileira foram eliminados ainda na fase de grupos da Copa do Mundo. Alemanha e Bélgica despediram-se de forma precoce em grupos em que eram consideradas favoritas à classificação.
Os germânicos, inclusive, acumulam a segunda eliminação seguida na primeira fase do Mundial. Em 2018, eles também foram derrotados por uma seleção asiática – a Coreia do Sul, naquela ocasião – e deixaram a Copa da Rússia antes mesmo de chegarem ao mata-mata.
Uma edição atrás, vocês lembram bem o que aconteceu, e o ponto é justamente esse. O 7 a 1 não passou impune e custa cada dia mais caro para a seleção alemã. Pensava-se que a eliminação de 18 era apenas parte da “maldição do campeão”, que também acometeu França (2002), Itália (2006) e Espanha (2014), todos eliminados nos grupos após conquistarem o título.
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A explicação mística parece ir além. Como bom torcedor, o brasileiro guarda rancor e fica à espreita para comemorar o fracasso daqueles que um dia o venceram. Vingança, zika, urucubaca… Chame do que quiser. Ele, tal qual o palmeirense, roga praga sem dó. E ela pega.
Na Alemanha, estavam alguns dos principais personagens que impediram o título mundial do Palmeiras no início deste ano. Haverzt, autor da cobrança de pênalti que arrancou a taça do Verdão na prorrogação, teve uma tarde para esquecer (que pena!). O meia marcou dois gols à la Oscar e foi obrigado a posar com o troféu de melhor em campo.
Também estava o zagueiro Rüdiger, que enfrentou o Alviverde. Ele passou a ser alvo das maldições futebolísticas depois de sua corrida inusitada no primeiro jogo da Copa, contra o Japão. Houve quem considerasse uma provocação, já que, àquela altura, o time vencia os nipônicos na estreia no Catar.
A dupla alemã juntou-se a Lukaku, eliminado mais cedo após o empate com a Croácia. Curiosamente, o belga também teve participação na derrota palmeirense no Mundial, ao marcar o primeiro gol do Chelsea. Tal qual os companheiros de equipe, ele não suportou o mau olhado alviverde.
O torcedor do Maior Campeão do Brasil está acostumado a azarar quem for preciso, para se sentir justiçado pelos deuses do futebol. Desde o quase-rebaixamento em 2014, muitos foram os que provocaram o clube e, hoje, estão há anos sem ganhar qualquer coisa de relevante. Os rivais que o digam.
Entrar no caminho do Palmeiras e da Seleção talvez não seja o melhor para seu destino nos gramados. Há quem alegue que os insucessos são consequências de má administração, problemas econômicos, elencos inferiores, etc. Mas isso são apenas balelas para encobrir a verdade: a bola pune.
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