Quatro rodadas do Campeonato Paulista se foram e a equipe comandada por Roger Machado só deixou o gramado com os três pontos conquistados. Um Palmeiras 100%, assim como foram os passes de Felipe Melo no confronto contra o Bragantino: 61 vezes ele procurou os companheiros. Acertou em todas. Entretanto, Felipe não é 100% no Paulistão. É quase isso.
Nos três jogos em que atuou, Felipe Melo tem 97,7% em acerto de passes. Passes, aliás, que não acontecem apenas para trás, para o lado ou em curtas distâncias. Felipe Melo inverte o jogo sempre que necessário e quebra linhas com passes longos sempre que enxerga boa possibilidade. Contra o Santo André, Borja recebeu um excelente lançamento que iniciou uma jogada de gol, assim como Dudu foi o presenteado com um canhão em uma roubada de bola do campo de defesa para balançar as redes. Ou seja, mesmo atrás do meio-campo, Felipe Melo é arma ofensiva.
Defensivamente, o camisa 30 tem sido excelente destruidor. Quando o tiro de meta é longo, lá está Felipe Melo para cabecear, impedir o avanço do adversário, como aconteceu em seis oportunidades diante do Bragantino, e recuperar a posse a bola em alguns momentos. Quando a jogada vem pelo chão, Felipe Melo tem sido eficiente para travar os lances por meio de desarmes ou faltas, como aconteceu em outras seis oportunidades no Nabi Abi Chedid.
Felipe Melo é sucesso defensivo, ofensivo e de público. Muitos torcedores enxergam seu desejo de atuar pelo Palmeiras personificado na raça deixada em campo pelo volante, jamais premeditada e, portanto, algumas vezes exagerada. O camisa 30 encerrou um tumultuado 2017 e inicia um promissor 2018, se tornando o segundo capitão de Roger Machado, atrás apenas de Dudu.
Felipe Melo está mostrando domínio sobre o jogo, suas funções e suas qualidades. Para manter o ano promissor e os elogios constantes, basta mostrar domínio também sobre seu temperamento. Toda estatística tem sua margem de erro e essa é a de Felipe para conquistar um 2018 100%.