O pênalti de Palmeiras 2 x 1 Ceará

  1. Na cabine da Jovem Pan no Pacaembu, a mais de 150 metros da mão na bola deliberada (portanto falta, e dentro da área, pênalti) de Edinho depois do desvio de cabeça de Willian, eu não vi nada disso. E, mesmo se fosse mais próximo o lance rápido, eu teria dificuldades pela minha miopia e distância.
  2. O árbitro André Castro também não viu um lance rápido e não muito fácil de observar naquele bolo de jogadores. Ele marcou novo escanteio. O assistente adicional 2 Elmo Cunha, ao lado da meta, também experiente, ineditamente sinalizou escanteio com o corpo voltado para o corner – de acordo com o protocolo. O assistente 2 Christian Sorence não marcou no primeiro momento o escanteio, mas acompanhou a interpretação inicial do árbitro principal e do adicional 2 – que fica ao lado da meta.
  3. Seis segundos depois de apontar o escanteio, e logo depois de Felipe Melo se ajoelhar à frente dele pedindo o pênalti, o árbitro André Castro fez o sinal de calma com as mãos ao volante palmeirense. Ele estava provavelmente ouvindo seus auxiliares, pela intercomunicação. Treze segundos depois da mão na bola, o árbitro enfim olhou em direção ao centro do campo, onde estava o quarto árbitro Márcio Maciel.
    4.Depois de 34 segundos, após consultar também o adicional que havia marcado apenas escanteio, o árbitro marcou o pênalti. Ou melhor, é muito provável: o quarto árbitro, a 50 metros do lance, viu o que o adicional não enxergou, e o árbitro, também não.
  4. Lisca tem razão de estranhar o fato – a marcação do pênalti pelo quarto árbitro, o mais distante da jogada. Mas não tem como dizer que há interferência externa. Quando foi decidido o que aconteceu (e foi mesmo pênalti), NENHUM REPLAY HAVIA SIDO MOSTRADO pela única TV que transmitia, o Premiere. A decisão do quarto árbitro foi acertada.
    6.Como ele viu tudo isso? Não tenho a menor ideia. Mas ele acertou. E sem tempo hábil e nenhum replay para que alguém tivesse "soprado" para ele e/ou recebido mensagem de WhatsApp indevidamente. Ele ou o representante da CBF no gramado.
  5. A arbitragem brasileira é tão ruim e sem credibilidade dentro e fora de campo que, mesmo quando acerta, todos têm suas razões e muitas emoções para contestar as decisões.