O Vitória, por Wesley Crowdfodeng, o Infiltrado
Agora, de forma mais sensata e racional, e para vocês não me xingarem como se eu fosse o Chico Beting e o Mauro Lang, o Palmeiras pode e deve pensar no seu novo objetivo. Simplesmente garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem.
A sorte de vocês é que o jogo diante do Vitória acontece em Salvador. O time baiano é um dos piores mandantes do campeonato. Em compensação, vem ganhando a maioria esmagadora de seus pontos fora de casa.
Essa dificuldade se explica pela maneira reativa de atuar do Rubro-Negro da boa terra. Vagner Mancini prefere recuar e compactar suas linhas e esperar por um erro do adversário. Problemão para vocês. Como sempre (e não precisa ser nenhum Robério de Ogum ou Mãe Dinah para acertar isso) os jogadores do seu time irão errar. E muito. Especialmente na defesa. E nas laterais. E no meio-campo. Também no ataque. E muito mais ainda fora das quatro linhas. Parecem até jornalistas esportivos. Palmeirenses, os que se dizem palmeirenses, e os antipalmeirenses.
Pelos lados do campo conta com a velocidade e habilidade (juro!) de Neílton e David (que o Palmeiras está monitorando) para aproveitar as marginais Tietê (já não são nem mais avenidas) que são as beiradas do Palmeiras. Trellez ou André Lima, jogue quem jogar no comando do ataque, dará trabalho ao lento Edu Dracena e a Juninho – saudades de Mina, mesmo sem ritmo.
Contudo, o jogo é vencido mesmo no meio de campo. E apesar da superioridade técnica de vocês neste setor, o Vitória tem mais gente, mais marcação e muito mais disposição por lá. Isso deve facilitar a vida do Rubro-Negro nesse duelo fundamental para o resultado final do confronto. E ainda tem a arma surpresa bastante conhecida (logo, não é surpresa): o zagueiro-artilheiro Kanu que deve explorar os problemas palestrinos nas bolas altas.
Em suma, sem a ilusão de estar brigando pelo campeonato, a disposição do Alviverde deve cair pela metade. Do outro lado, o Vitória precisa de um bom resultado para sair de vez do incômodo Z-4.
Enfim, vou parar por aqui.
Com ternura,
Wesley Crowdfodeng