Obrigado, Palmeiras

É impossível dar uma festa-surpresa ao Palmeiras. Porque surpresa é não fazer festa ao campeão do século. Fazer um desejo ao cortar o bolo é desnecessário. Porque nossos desejos são sempre satisfeitos. Dar os parabéns também não precisa. Porque “obrigado” é a melhor palavra há 105 anos preciosos.
No dia do meu aniversário só eu faço festa. As pessoas me dão parabéns. Às vezes até ganho um bolo nesta vida que a gente mais recebe é bolo dos outros. Mas em 26 de agosto é muito melhor. A gente só diz mesmo obrigado. Até porque ninguém vai nos dar parabéns por sermos o que somos. E muitas vezes eles não são mais por nossa causa.
O Palestra faz 105 anos. Mas quem ganha mesmo o passado somos nós. O nosso presente é o futuro. Não só pelos títulos. Estrutura. Elenco. Economia. Estádio. EEEE!
Também pelos parceiros dessa sociedade cada vez mais esportiva. Dessa torcida barulhenta e briguenta. Desse clube que há 105 anos não se cansa. Porque feito por gente que se casa com ele para ser palmeirense para sempre.
O que a gente realmente ganha neste 26 de agosto é olhar pra trás e saber que lá pra frente vai ser sempre assim. Não “igual” que nada se parece. Mas vai ser Palmeiras. Muitas vezes a primeira palavra que nossos pais nos ensinam. Quase sempre a profissão de paixão que professamos pra sempre.
Tudo que tenho só não devo ao Palmeiras porque quem ama não deve. Mas eu fico imaginando sempre se não desse certo aquela reunião há 105 anos… E se não existisse o Palestra? Por quem eu torceria?

Pros meus filhos. Pra minha mulher. Pra minha família. Pros amigos e colegas.
Ou seja. Sem saber, eu torceria sempre pelo nosso Palmeiras.