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Opinião: 'História do pênalti no futebol'

Apesar do temor dos torcedores, Palmeiras tem retrospecto muito positivo em disputas de pênaltis na Libertadores

Ilustração do futebol jogado no final do século XIX (Bettmann/Getty Images)
Ilustração do futebol jogado no final do século XIX (Bettmann/Getty Images)

Há muito, muito tempo, em uma partida de futebol em algum lugar na Inglaterra, as coisas estavam ficando um pouco fora de controle. Desde que o futebol surgiu em 1863 e até o ano de 1891, as faltas cometidas dentro da área eram apenas faltas, e os goleiros ficavam há centímetros da cobrança, o que dificultava os atacantes na hora de fazer o gol.

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Jogadores do Palmeiras comemoram vaga às semifinais da Libertadores 2022

Um dia, durante um jogo particularmente tumultuado, um jogador chamado Sir Reginald “Golias” Smith notou uma oportunidade brilhante para inovar. Ele estava cansado de ver as equipes desperdiçando tempo e queria encontrar uma maneira de punir os infratores de forma justa e eficiente. Foi aí que ele teve uma ideia brilhante!

Sir Reginald decidiu que, em vez de parar o jogo a cada falta dentro da área, ele propôs um novo tipo de castigo: o pênalti. Em 1890, ele sugeriu a ideia inovadora que viraria regra oficial do esporte no ano seguinte. Mas a penalidade só se tornou como conhecemos hoje quando, em 1902, a International Board (órgão que regulamenta as regras do futebol) definiu a distância de 11 metros para a cobrança.

Em 1905, uma adaptação nas cobranças de pênalti: o goleiro não poderia mais se adiantar e teria que ficar debaixo das traves. Em 2010, a International Board proibiu a ‘paradinha’. O jogador ia para a bola e parava na hora do chute, deslocando e muitas vezes humilhando os goleiros.

No fim do século XIX, os clubes que disputavam futebol na Inglaterra começaram a boicotar as cobranças de pênalti. Goleiros ficavam encostados nas traves, e os atacantes chutavam para fora de forma proposital. Mas com o passar dos anos, as faltas dentro da área foram diminuindo, e a nova regra começou a ganhar mais aceitação.

Quando se fala de cobranças de pênalti, o palmeirense logo foge do assunto. A sina nas penalidades começou no Mundial de Clubes de 2020, quando o Verdão perdeu a disputa de terceiro lugar para o Al Ahly. Em seguida, o time encarou uma sequência de duas derrotas em decisões na mesma semana. Primeiro na Supercopa, contra o Flamengo, e depois na Recopa Sul-Americana, diante do Defensa y Justicia. Depois vieram as eliminações para CRB e São Paulo na Copa do Brasil de 2021 e 2022, respectivamente.

A ‘zika’ dos pênaltis só foi terminar na reta final da temporada do ano passado. Nas quartas de final da Libertadores de 2022, Palmeiras e Atlético-MG decidiram a vaga para as semis nas penalidades máximas. Weverton brilhou, defendeu a cobrança de Rubens, e Murilo fez o gol que garantiu o Verdão na fase seguinte.

Boca Juniors, adversário do Palmeiras na semifinal da Liberta, vem de oito empates seguidos em mata-matas, sendo sete resultados de 0 a 0 e um 2 a 2. Ou seja… grandes chances de uma nova cobrança de pênaltis entre os clubes. Em 2000, na final da Libertadores, os argentinos impediram o bi do Verdão em pleno Morumbi lotado. No ano seguinte, o Palmeiras ficou pelo caminho na semifinal, perdendo nos pênaltis mais uma vez para o Boca Juniors.

Na competição continental, Palmeiras e Boca são dois dos três clubes que mais vezes estiveram envolvidos em disputas de penalidades máximas. São 15 para os argentinos, 11 para os brasileiros, e o Olímpia, do Paraguai, tem 13.

Mas calma, torcedor… O retrospecto alviverde em cobranças de pênalti na Libertadores é muito positivo. Até hoje, o Palmeiras decidiu 11 vezes uma vaga ou título em disputas de penalidades, sendo o clube brasileiro com mais participações no quesito. Das 11 disputas, foram oito classificações e apenas três vezes saiu derrotado (Boca Juniors em 2000/2001 e Barcelona de Guayaquil em 2017 – todas dentro de casa).

*dados retirados do levantamento feito pela página ‘Dia de Libertadores’

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