Opinião: ‘Abel Ferreira deve ser elogiado pelo que fez e criticado pelo que vem fazendo’

Técnico português precisa assumir responsabilidade por instabilidade do Palmeiras nas últimas partidas

A derrota do Palmeiras por 2 a 0 para o Flamengo pela ida das oitavas da Copa do Brasil teve uma grande parcela de culpa do treinador Abel Ferreira. O português precisa ser elogiado pelo que já fez, mas também deve ser criticado pelo que vem fazendo nessa fase de instabilidade da equipe alviverde.

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Alvo do Palmeiras, Gabigol dá abraço em Leila Pereira antes de partida da Copa do Brasil

(Vídeo: Coluna do Fla)

O Verdão hoje tem um dos melhores elencos do país, com exceção da posição de centroavante, que ainda carece. Reforços chegaram para resolver a precariedade do banco palmeirense e não foram poucos, tampouco de baixa qualidade. Felipe Anderson hoje tem o futebol anulado pela formação adotada, Giay não se encontrou, Maurício quase não é utilizado e também não conseguiu entregar.

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Flamengo e Palmeiras, no Maracanã (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

As lesões de grandes nomes atrapalham, claro, mas isso não pode ser desculpa para quem hoje tem um banco minimamente competitivo e igual ao time titular. A culpa de atuações individuais vai de cada um, mas quando o problema é coletivo ela precisa ser admitida por Abel Ferreira.

O plano foi poupar no Brasileirão para chegar forte na Copa do Brasil e deu errado: duas derrotas nos dois jogos. O padrão nesse momento não existe, a menos que seja jogar com uma postura que desagrada a todos. Não basta que a equipe tenha um mental resiliente, não basta que saiba sofrer. É preciso mais que isso se quiser disputar os principais títulos.

O Palmeiras parece desentrosado, nenhuma peça conversa com outra e isso passa diretamente pelas mãos do treinador. Hoje, o português pode contar com jogadores que desejou, mas não encontra um norte para eles. Toma decisões equivocadas e se escora no discurso da “estratégia”. Não há mal nenhum em assumir erros, pelo contrário, levanta a moral de um time que precisa passar longe da “retranca medrosa”. É necessário e que assim seja feito.