Opinião: ‘O Bicho-Papão, o Coisa Ruim, o Grinch do futebol brasileiro’

O Palmeiras de Abel Ferreira tem muitas formas, mas sempre com o mesmo fim. Ao menor sinal de vacilo, ele está lá para papar mais uma taça

Na mitologia brasileira, o Bicho-Papão é a própria personificação do medo. Um ser monstruoso que pode assumir qualquer forma e está sempre à espreita. No futebol brasileiro dos últimos anos, o Palmeiras tomou para si esse grande papel.

Crocodilo escamoso, porco sanguinário, duende psicopata ou Grinch que estraga o natal das crianças torcedoras de outros times. O Palmeiras de Abel Ferreira tem muitas formas, mas sempre com o mesmo fim. Ao menor sinal de vacilo, ele está lá para papar mais uma taça.

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Conheça e comente no Fórum do Nosso Palestra

VEJA NO NOSSO PALESTRA

Longe de fazer um grande ano tecnicamente, o Homem do Saco da Pompeia se aproxima de seu 12º título brasileiro, liderando com folga o ranking de maiores campeões do país. Aos negacionistas que insistem em vomitar asneiras sobre os canecos pré-1971, restam dias para que já não haja ninguém acima sob qualquer critério temporal. Seja de 1971 para cá ou apenas nos pontos corridos, o Palmeiras estará no topo.

Há menos de 30 dias a matemática dizia que a chance de título era inferior a 1%. Pois o Bicho-Papão é implacável até para as estatísticas. O Botafogo parecia que conseguiria. Parecia. Quando outra equipe não se garante de ponta a ponta com uma campanha perfeita, como fez o Atlético-MG em 2021, por exemplo, o campeonato cai no colo de quem está acostumado a vencê-lo.

Não é possível cravar a permanência ou a saída de Abel Ferreira para 2024. De qualquer modo, os pesadelos das criancinhas e dos marmanjos rivais são o principal legado de sua histórica passagem por aqui. ‘Pacto com o diabo’, bradam os adversários. Sorte de quem pertence, azar de quem enfrenta. Privilegiados todos que vivenciaram.